25 de setembro de 2012

Ensine seu filho a usar as redes sociais com segurança

Minha Vida
Esteja ao lado dele no começo

Qual a melhor foto para mostrar para todos os amiguinhos? Que informações vale revelar em uma rede social? Essas perguntas simples são feitas habitualmente em qualquer cadastro de site e é importante ter respostas precisas para cada uma delas. "Os pais precisam acompanhar e, de certa forma, orientar o filho em aspectos que dizem respeito à construção da identidade", afirma a pedagoga Júlia Milani, da entidade Terceiro Passo. Dizer a idade, as atividades favoritas e a profissão desejada para o futuro é uma forma de expor para o mundo, a criança precisa entender isso com exemplos simples. "No início, o ideal é estar ao lado dos eu filho sempre que ele entrar nesses sites e sempre como um parceiro, explicando as possibilidades e os riscos que existem ali", afirma a psicóloga Ana Cássia Maturano.

A segurança é prioridade

É importante que o pai deixe claro o quanto a supervisão é importante para garantir a segurança do filho na internet. "A relação precisa ser divertida, feita como uma coisa gostosa, não apenas um controle chato, mostre opções interessantes e reforce a responsabilidade ligada ao uso das redes sociais", afirma a especialista Ana Cássia Maturano. Se a obrigação do pai e da mãe é saber por onde o filho anda no mundo real, também é no virtual. Converse com ele e explique que, acima de um controle, essa postura traz a proteção necessária para que o uso dos sites seja o mais seguro possível. "Proteger é diferente de controlar, dê exemplos de situações em que a sua opinião foi valiosa para evitar incidentes", afirma a pedagoga Júlia Milani.

Limites são importantes

Especialistas são unânimes quando o assunto é impor limites às crianças: eles são essenciais, e isso também ocorre nas redes sociais. Não apenas os pequenos, mas também os jovens e até mesmo os adultos precisam saber dosar a quantidade de horas que ficam conectados. "Com o exagero, a criança pode até se esquecer de fazer atividades importantes, como brincar com outras, praticar atividades físicas e desenvolver relações com o ambiente em que está inserida", afirma a pedagoga Júlia Milani, da entidade Terceiro Passo.

Monitorar as atividades é essencial

Ajudar na criação do perfil é apenas o primeiro passo dos pais quando os filhos se interessam em usar as redes sociais. Mas o trabalho vai além, já que precisa ser uma observação contínua e da navegação no Facebook, por exemplo. "Olhar as mensagens ou conferir a lista de amigos pode ser um hábito que previne o contato de pessoas mal intencionadas", afirma a psicóloga Ana Cássia. Além de olhar, é também importante ser sincero com o seu filho. Nunca seja sorrateiro em uma dessas "investigações", deixe bem claro que você vai entrar e ficar de olho em o que ele está fazendo. "Se você vasculhar escondido, corre o risco de que seu filho perca a confiança em você."

Bons hábitos dentro e fora das redes

Se pessoas desconhecidas devem ser evitadas pelas crianças no dia a dia, a mesma recomendação vale para a internet. "O pai deve mostrar que a presença numa rede social online é uma responsabilidade, e justamente por isso não pode revelar informações pessoais como telefone e endereço", afirma a psicopedagoga Ana Cássia Maturano. Às vezes a inocência da criança pode ser o gatilho que pessoas com más intenções usam para conseguir os dados que querem. Por isso, não se preocupe com meias palavras: deixe bem claro para o seu filho que é essencial ser criterioso com o que é dito no Facebook, por exemplo. "Explique que ficar atento e ser cuidadoso são condições para fazer parte dessas redes e, se ele tiver alguma dúvida, pode se sentir a vontade para perguntar para os pais", afirma a especialista Júlia Milani.


Apontando a existência de más intenções

Um dos maiores perigos para as crianças nas redes sociais está relacionado com o próprio cotidiano nas escolas: o bullying que antes existia entre as paredes da sala de aula ganhou proporções gigantescas na internet. Em casos em que a criança sofre esse tipo de perseguição online, as especialistas são unânimes: é importante buscar uma solução junto à escola.

"É importante deixar claro que, por mais que seja uma ferramenta muito legal, ela também pode ser usada por pessoas capazes de prejudicar e com um alcance muito superior ao que acontece no mundo fora das redes", afirma a psicóloga Ana Cássia.

Usando a internet para o bem

Mas não é só de maus exemplos que a internet é feita. O caso de Isadora Faber, a estudante de 13 anos que usou uma página no Facebook para denunciar os problemas de sua escola, mostra como as redes sociais também podem ser usadas para o bem. "A criança pode ter ideias de como usar as redes para transformar o que incomoda e fazer denúncias em nome do bem coletivo", afirma a psicóloga Ana Cássia Maturano. A especialista só recomenda evitar o discurso chato em torno de uma experiência que pode ser positiva, deixe a criança livre para pensar em novos usos da rede e discutir as possibilidades com vocês antes de colocar em prática. "Enquanto isso, valorize ferramentas como a agenda de aniversários, ver mais detalhes do passeio da escola ou conversar com a tia que mora longe sem gastar telefone", afirma a profissional.

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