7 de fevereiro de 2011

A compra do material escolar

Por Giuliano Agmont

É preciso paciência e dedicação para comprar o material escolar dos filhos, principalmente quando o recomeço das aulas está aí. Diante dos incontáveis gastos de começo de ano, o melhor a fazer para não se apertar demais é planejar a compra e bater pernas por papelarias, hipermercados, lojas de departamento e livrarias, além de pesquisar pela internet. Confira as dicas a seguir e boas compras.

1. Só compre o necessário
Antes de iniciar a temporada de compras, visite a escola para saber o que realmente será necessário logo no início das aulas. Às vezes, um ou outro item podem ficar para depois. Nessa conversa, procure também questionar os educadores sobre os eventuais exageros na relação de materiais. Não é incomum que as escolas peçam quantidades a mais só para garantir que nada falte. Nesse caso, ensinar austeridade ao filho pode ser mais negócio. Outra sugestão preciosa é fazer uma limpa no armário, conferir o que sobrou do ano passado e reaproveitar alguns itens, como tesoura, estojo, lápis de cor, apontador e o que mais estiver em condições de uso.

2. Nada de produtos de uso coletivo na lista
Um alerta importante dos órgãos de defesa do consumidor é que as escolas não podem solicitar a compra de materiais de uso coletivo, o que inclui artigos de higiene e limpeza, e cobrar taxas para suprir despesas com água, luz e telefone. Também não podem obrigar os pais a adquirir produtos de marca específica ou determinar o estabelecimento onde o material tem de ser comprado.

3. Bata pernas e pechinche sempre
A pesquisa de preço faz toda a diferença para quem quer economizar. A variação do que se cobra pelo material escolar normalmente é grande. Comece pela internet, na qual você já terá uma boa ideia de quanto se vai gastar. A partir daí, compensa visitar diferentes tipos de estabelecimento. Aproveite a compra de mercado para conferir as etiquetas da seção onde estão os itens escolares, dê um pulo à papelaria do bairro e pesquise preços enquanto passeia em ruas comerciais e shoppings. Depois, a ordem é pechinchar. Não tenha vergonha e fale com o gerente se for o caso. Uma boa dica é negociar à vista e pagar a prazo para aliviar os encargos do começo do ano. Na internet, embora não se possa pechinchar, há os sites de comparação de preços, sempre úteis nessa hora.

4. Vale a pena comprar em bloco?
Uma dica muito comum para adquirir o material escolar é reunir os pais dos coleguinhas do filho para efetuar a compra em grupo. Na verdade, isso vale mais para crianças maiores, que usam livros didáticos. Nesse caso, uma oferta em bloco para a editora pode representar descontos de mais de 40%, inclusive com a intermediação da escola. Os pequeninhos, porém, usam itens mais baratos. A mobilização talvez não compense, a não ser que você e alguns outros pais sejam amigos pessoais e se disponham a fazer as compras juntos, no mesmo lugar, para obter um desconto maior.

5. Dinheiro, cheque ou cartão?
Depende. Se você encontrou ótimos preços em lugares diferentes e alguns deles não se aceita cartão, vale a pena sacar o dinheiro e ir comprando aos poucos, à vista. Isso é muito comum em centros comerciais com preços populares, como a rua 25 de Março, em São Paulo, ou o bairro de Madureira, no Rio de Janeiro. Agora, se comprar tudo de uma vez no mesmo lugar e tiver como parcelar o pagamento da compra sem juros, o negócio é pagar com cheque (se não se aceitar cartão) ou cartão. Quem optar pela comodidade da internet obrigatoriamente terá de usar o cartão.

6. Deixe as crianças em casa
Levar o filho para a papelaria significa gastar mais do que o necessário ou arrumar encrenca com o pequeno. É que ele vai bater o pé para ter tudo do Bakugan, do Homem-Aranha ou do Ben 10. Se for menina, as pedidas serão Barbie, Hello Kit, Meninas Superpoderosas e por aí vai. E os materiais com estampas, logotipos e acessórios de personagens licenciados costumam ser mais caros e não necessariamente de melhor qualidade. Produtos com características de brinquedo nem sempre valem a pena também. Para os mais velhos, por exemplo, podem ser um motivo de distração durante a aula.

7. Busque o menor preço, mas cobre qualidade
Comprar materiais na rua ou em estabelecimentos que não fornecem nota fiscal pode ser uma armadilha para os pais. Não só pela falta da qualidade dos produtos como também pelos riscos à segurança do bebê. Além disso, segundo o Procon, todo produto deve apresentar informações adequadas, claras, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, prazo de validade e preço, bem como os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. O mesmo vale para importados, que devem trazer as informações em língua portuguesa.

Créditos: Bebe.abril

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