25 de junho de 2010

Um pouco mais dos belos testemunhos do livro TORTURADOS POR AMOR A CRISTO

Dei meu testemunho perante o Sub-Comitê de Segurança Interna do Senado norte-americano. Ali descrevi coisas horríveis, tais como crentes amarrados em cruzes por quatro dias e quatro noites. A seguir eram as cruzes colocadas no chão e centenas de prisioneiros tinham de atender suas necessidades fisiológicas em cima dos rostos e dos corpos dos que estavam crucificados. Depois as cruzes eram de novo levantadas e os comunistas escarneciam: "Olhem para o Cristo de vocês! Que bonito ele é! E que fragrância traz dos céus!" Descrevi como, depois de ficar quase louco pelas torturas, um padre ortodoxo foi obrigado a consagrar fezes e urina humana para dar em comunhão aos cristãos. Isso aconteceu na prisão de Pitesti, na Romênia.
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Isto é apenas uma pequena amostra do que aconteceu em um e mais domingos, na prisão de Pitesti.

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Se eu continuasse a contar todos os horrores dos comunistas e sacrifícios pessoais dos crentes, nunca acabaria. Não apenas as torturas eram conhecidas. Os feitos heróicos também o eram. Os exemplos de heroísmo daqueles presos inspiraram grandemente os irmãos que ainda estavam livres.

Uma de nossas obreiras era uma jovem da igreja Subterrânea. A polícia comunista descobriu que ela distribuía literatura cristã e ensinava as crianças acerca de Cristo. Resolveram prendê-la. Mas para tornar essa prisão a mais agonizante e a mais dolorosa possível, resolveram adiá-la por mais algumas semanas, até o dia do casamento da jovem. Nesse dia lá estava ela vestida de noiva. O dia mais maravilhoso na vida de uma moça! De repente a porta foi empurrada e a Polícia Secreta invadiu.

Quando a noiva os viu, estendeu-lhes os braços para serem algemados. Mal haviam colocado as algemas nos pulsos, ela voltou os olhos para seu amado, depois beijou os grilhões e disse: "Agradeço ao meu Noivo Celestial estas jóias com que me presenteou no dia do meu casamento. Agradeço-lhe por ser digna de sofrer por Ele". Foi arrastada deixando para trás os crentes e seu noivo a chorar. Estes sabiam o que acontece a moças crentes nas mãos dos guardas comunistas. Depois de 5 anos foi libertada — uma mulher alquebrada e destruída, aparentando ter uns trinta anos. Seu noivo ainda a esperava. Ela afirmou que era o mínimo que poderia fazer por seu Cristo. Tão belos crentes se encontram na Igreja Subterrânea.

O que é Lavagem Cerebral

Ocidentais provavelmente já ouviram falar de lavagem cerebral na guerra da Coréia e agora no Vietnam. Eu próprio já passei por esse processo. É a mais horrível das torturas.
Por anos a fio tínhamos de nos sentar durante 17 horas, diariamente, escutando:

“O Comunismo é bom!”
“O Comunismo é bom!”
“O Comunismo é bom!”
“O Comunismo é bom!”
“O Cristianismo é uma estupidez!”
“O Cristianismo é uma estupidez!”
“O Cristianismo é uma estupidez!”
“Desista!”
“Desista!”
“Desista!”
“Desista!”
Durante 17 horas diariamente — por dias, semanas e meses a fio.

Vários crentes me perguntaram como pudemos resistir à lavagem cerebral. Há apenas um método de resistência a ela. É a "lavagem do coração" Se o coração estiver purificado pelo amor de Jesus Cristo e se O ama, pode-se resistir a toda e qualquer tortura. Que não faria uma noiva por seu noivo? Que não faria uma mãe por seu filho? Se você ama a Cristo, como Maria O amava, ela que o teve como criança em seus braços; se você, leitor, ama a Jesus, como uma noiva ao seu noivo, pode resistir a tais tormentos.

Deus nos julgará não de acordo com quanto pudemos suportar, mas de acordo com quanto pudemos amar. Sou testemunha dos crentes em prisões comunistas, de que eles puderam amar. Puderam amar a Deus e aos homens.

Os suplícios e brutalidades continuavam sem interrupção. Quando eu perdia os sentidos, ou ficava tão entorpecido para dar aos torturadores qualquer esperança de confissão, era conduzido à minha cela. Ali era atirado sem nenhuma consideração e quase morto para me reanimar um pouco, a fim de que pudessem voltar a trabalhar em mim. Muitos morreram nesse ponto, mas de alguma maneira minhas forças voltavam. Nos anos seguintes, em várias prisões, quebraram-me quatro vértebras e muitos outros ossos. Golpearam-me em uma dúzia de lugares. Recebi queimaduras no corpo e dezoito ferimentos penetrantes.

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Minha segunda prisão foi, sob muitos aspectos, pior que a primeira. Sabia perfeitamente o que estava para vir. Minha condição física tornou-se péssima quase que imediatamente. Mas continuávamos o trabalho subterrâneo da Igreja Subterrânea nas prisões subterrâneas comunistas.

Fizemos um acordo — Nós pregávamos eles nos batiam!

Proibiram-me terminantemente de pregar a outros prisioneiros. Ficou entendido que quem fosse apanhado pregando, receberia uma tremenda surra. Vários de nós resolvemos pagar o preço do privilégio de pregar; portanto, aceitamos as condições deles. Era um acordo: nós pregávamos e eles nos batiam. Éramos felizes pregando. Estavam felizes em nos espancar. Por conseguinte, todos estavam felizes.

A cena que vou descrever repetiu-se mais vezes de quantas me é possível lembrar: um irmão estava pregando a outros presos quando os guardas repentinamente entraram, surpreendendo-o na metade de uma frase. Arrastaram-no pelo corredor até a "sala de surras". Depois do que parecia uma surra que não acabava mais, traziam-no de volta e o jogavam — moído e sangrento — no chão do cárcere. Vagarosamente se reanimava. Doloridamente ajeitava a roupa e dizia: "Agora, irmãos, em que ponto estava quando fui interrompido?" E continuava a sua mensagem do Evangelho.

Já presenciei coisas belas assim!
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Quando nos era dada uma fatia de pão por semana e uma sopa nojenta por dia, resolvemos que até em tais circunstâncias daríamos fielmente o "dízimo". Cada décima semana tomávamos a fatia de pão e a dávamos a um irmão mais fraco, como nosso "dízimo" ao Senhor.


Um crente fora sentenciado à morte. Antes de ser executado foi-lhe permitido ver a esposa. Suas últimas palavras a ela foram: "Deves saber que morrerei amando aqueles que me matam. Não sabem o que fazem e meu último pedido a você é que os ame também. Não tenha ódio no coração por matarem seu amado. Nós nos encontraremos nos céus".

Estas palavras impressionaram o oficial da Polícia Secreta que estava presente à conversa entre os dois, o qual me contou a história na prisão, onde havia sido colocado por se haver tornado crente.

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É por esse motivo que DEFENDO a igreja PERSEGUIDA
Pois levam o evangelho a sério, não  tendo a sua vida como preciosa,
o que mais importa é que muitos sejam alcançados.

Isto é evangelho...Isto é Cristianismo!

Esta é a fé que defendo.

Em Cristo,
Graça Azevedo

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