17 de setembro de 2009

Conheça um pouco da Coréia do Norte


Dados gerais

Capital: Pyongyang

Governo: Estado comunista, chefiado por Kim Jong-Il desde julho de 1994

População: 23,5 milhões (61,6% urbana)

Área: 120.538 km2

Localização: Leste da Ásia

Idioma: Coreano

Religião: Números não estimados. O Estado é ateu

Perseguição: Severa

Restrições: A conversão é passível de prisão e a evangelização é proibida. Líderes cristãos são frequentemente detidos sob falsas acusações.

A população norte-coreana é de pouco mais de 23 milhões de pessoas. Etnicamente, ela é constituída quase que totalmente por coreanos (99%). Há um pequeno número de chineses e japoneses.


Segundo estimativas do governo, 70% da população não professa nenhuma religião. O restante segue crenças asiáticas como xamanismo, confucionismo ou budismo. Há grupos cristãos de protestantes, católicos e ortodoxos.

Quase 100% da população é alfabetizada e tem acesso à educação.

A população sofre com a fome - 36% dela é subnutrida. Há abertura para organizações humanitárias atuarem a fim de aliviar a fome da população, mas os esforços não são suficientes. Isso acontece parcialmente por causa da corrupta liderança das forças militares. Eles interceptam muitas cargas de alimento e desviam-na aos seus soldados. O próprio presidente Kim Jong-Il disse, certa vez, que só precisa que 30% da população sobreviva.

História

A história recente da Coreia do Norte tem sido bastante sofrida. A Coreia foi dividida em dois países logo após a II Guerra Mundial, como consequência da Guerra Fria. Antes disso, porém, o país foi ocupado pelo Japão por 35 anos, entre 1910 e 1945.

Em junho de 1950, tropas norte-coreanas invadiram a Coreia do Sul em uma tentativa de unificar o regime comunista. O conflito armado durou três anos e culminou com a vitória sul-coreana, tendo causado sofrimentos significativos à região.
A zona desmilitarizada entre os dois países continua sendo uma das áreas mais fortificadas e impenetráveis do mundo.
A guerra quase irrompeu novamente no fim da década de 90, mas foi evitada graças a esforços diplomáticos. Não obstante, ainda há grande tensão entre as duas Coreias.

Governo e economia
Atualmente, a Coreia do Norte é um Estado comunista controlado ditatorialmente por um homem - o presidente Kim Jong-Il.
Em setembro de 2008, Kim Jong-Il não compareceu a um importante desfile militar. Surgiram boatos de que ele estaria enfermo, e especulou-se sobre quem seria seu sucessor. No entanto, o presidente reapareceu em público, reafirmando seu poderio.
O dirigente comunista norte-coreano Kim Jong-Il foi eleito por unanimidade para o Parlamento na eleição de 8 de março de 2009. Ele teve 100% dos votos.
O país tem sido profundamente marcado por um "culto à personalidade" que elevou o falecido ditador King Il-Sung, pai de Kim Jong-Il, à posição de deus.

O governo utiliza severos controles para incutir essa ideologia sobre cada cidadão, que inclui o culto a Kim Il-Sung e a seu filho Kim Jong-Il, o atual presidente. Todas as religiões contrárias a esta ideologia são proibidas.
A nação permanece fechada para o mundo exterior, porém as dificuldades econômicas e a fome crescente geraram alguma abertura, especialmente para ministérios de cunho social.
Mais da metade da força de trabalho (64%) atua na indústria e serviços.
Apesar de alguma modernização, a fome ainda é um problema social. Problemas sistemáticos, como a ausência de solo cultivável, a existência de fazendas coletivas e a falta de tratores e combustível, têm levado a Coreia do Norte a uma sequência de períodos de escassez de alimento iniciada em 1996.


A Igreja

Menos de 2% da população é cristã, apesar de o cristianismo ter uma longa história na região. Antes da guerra, o país era palco de um avivamento. A capital, Pyongyang, abrigava quase meio milhão de cristãos, constituindo na época 13% da população. Após a guerra, muitos cristãos fugiram em direção ao sul ou foram assassinados.
Atualmente, há quatro igrejas na cidade - duas protestantes, uma católica e outra ortodoxa -, mas são basicamente "igrejas de fachada", servindo à propaganda política.
Quase todos os cristãos na Coreia do Norte pertencem a igrejas não-registradas e clandestinas. O culto deles se constitui de um encontro "casual" de dois ou três deles em algum lugar público. Lá eles oram discretamente e trocam algumas palavras de encorajamento.

Em setembro de 2007, a revista Newsweek destacou o drama dos cristãos norte-coreanos. Um desertor, Son Jong-Nam, converteu-se quando fugiu para a China, onde conheceu um grupo de missionários cristãos. Após certo tempo, ele voltou ao seu país como missionário. Lá, foi detido e acusado de ser espião. Atualmente, ele está no corredor da morte em Pyongyang.


Son cresceu em boas circunstâncias por ser filho de um alto oficial. De acordo com a Newsweek, a esposa dele, grávida, perdeu o bebê depois de ter sido espancada durante um interrogatório na Coreia do Norte, por ter criticado o controle de alimentos de Kim Jong-Il.

Desde o final do século 19, cerca de cem mil norte-coreanos mantêm a fé cristã clandestinamente, segundo cálculos da Newsweek. Até mesmo Kim Il-Sung, o primeiro ditador da Coreia do Norte, falecido recentemente, veio de uma família cristã devota.

De acordo com missionários, os cristãos norte-coreanos mantêm suas Bíblias enterradas nos quintais, embrulhadas em plásticos. Alguns pastores na China oram por doentes e pregam através de interurbanos feitos por telefone celular, segundo a reportagem. Tudo isso num intervalo de tempo que vai de cinco a dez minutos. Os "cultos telefônicos" têm de ser rápidos, e muitas vezes são interrompidos bruscamente, porque a Coreia do Norte usa rastreadores para localizar os telefones.

Uma visita ao país mais fechado do mundo - Saiba mais sobre a Igreja Perseguida na Coreia do Norte

COREIA DO NORTE (1º) - "Quando eu cruzei a margem entre a China e a Coréia do Norte, imediatamente vi o contraste entre os dois países. Os aspectos e memórias da pobreza do povo da Coréia do Norte e suas faces de profunda melancolia me oprimem até agora. Minhas tensões aumentaram quando os guardas de segurança e oficiais alfandegários, hostis, entraram a bordo da margem da estação do trem.

Pude ver quão intensamente foi conduzida a inspeção dos meus pertences pessoais. Foi necessário que qualquer material impresso, câmera, filmadora, DVDs fossem completamente declarados em escrito nos seus formulários alfandegários de declaração.

Foi necessário que todas as imagens armazenadas na minha câmera digital fossem mostradas ao oficial alfandegário para sua plena satisfação.

O ambiente dentro da Coréia do Norte é um completo contraste com o mundo ocidental, e até mesmo com a China. Nenhum celular pode ser visto em locais públicos. Lá havia apenas dois canais locais de televisão. Estes geralmente estavam cheios de propagandas do governo.


Alto-falantes detestáveis com a mesma propaganda. As estátuas ou pinturas mosaicas de Kim IL Sung e Kim Jong IL são consideradas como santos para adoração pública.

Proibição da Bíblia

É um crime político se qualquer norte-coreano for encontrado com uma Bíblia. Geralmente no tribunal, por tal ofensa, o veredicto é dado como culposo e punido por prisão perpétua para servir em um acampamento político-militar.

Eu ouvi boas notícias sobre a felicidade dos nossos irmãos e irmãs perseguidos na Coréia do Norte, considerando suas terríveis circunstâncias.

De qualquer modo, a informação é extremamente delicada e não é possível compartilhar abertamente por causa da segurança e da minha vontade de não pôr em perigo o progresso da obra do Senhor na Coréia do Norte.

É uma triste, uma trágica verdade, que a Coréia do Norte é o país mais restrito do mundo, classificado assim por sete anos consecutivos na lista mundial da Portas Abertas. Mas, como eu aprendi, estando lá e ouvindo a partir de outros existem dois tipos diferentes de experiências.

Se eu não tivesse ido lá pela oração da família e de amigos, minha jornada à Coréia do Norte teria sido completamente sem significado e sem fundamento.

Oração

Quando eu estava dentro da Coréia do Norte, senti ondas e ondas de opressão das trevas, ainda que eu tenha sentido a permanente presença de Deus e Seu comando por todo o tempo na viagem. Entendi então por que tão constantemente nossos irmãos e irmãs perseguidos na Coréia do Norte imploram-nos para lembrar-mo-nos deles em nossas orações.

A primeira e mais urgente solicitação pelos nossos irmãos e irmãs perseguidos é lembrar-se deles em oração. Eles estão olhando para nós como a família de Deus.
Por favor, lembre-se deles.
Quando você acreditar e orar juntamente, nós talvez veremos a ação de Deus trazendo liberdade para este povo.

* O nome deste cristão não será revelado por motivos de segurança

Pontos para intercessão


• Ore para que o Kim Jong Il descubra a realidade da verdade de Deus.
• Ore pela segurança e efetivo testemunho dos trabalhadores cristãos que estão morando na Coréia do Norte.
• Ore para que o Senhor proteja os crentes chinês-coreanos que estão ajudando o escape do norte. Ore para que vários daqueles norte-coreanos ouçam o evangelho e acreditem em Jesus.
• Ore para que Deus trabalhe nos corações dos officiais chineses para que os norte-coreanos que escaparem tenham passagem outorgada e segura para outros países através da terceira embaixada do país na China.
• Ore para que mais Bíblias, literatura cristã e assistência entrem sorrateiramente no norte.
• Ore para que as rádios cristãs que penetram no norte continuem a prover alimento espiritual e mais esperança na vida de muitos.

Tradução: Luis Felipe Carrijo Silva
Missão Portas Abertas


No amor de Cristo, da igreja perseguida, e dos que precisam ser alcançados,

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