2 de setembro de 2011

Criando os filhos no caminho de Deus – parte 12


Livro de Kathi Hudson - CPAD


Ensinar: Usando a Vida como Sala de Aula

Como todos nós sabemos, a aprendizagem não acontece por simples osmose. Se assim fosse, nenhum de nós precisaria freqüentar a escola. Aprenderíamos a ler apenas assistindo aos outros e olhando as palavras. Todos nós nos tornaríamos doutos apenas pelo fato de segurar a Bíblia junto no nosso peito e nunca realmente lê-la. Algumas vezes, eu gostaria que isto fosse verdade, mas infelizmente não é. O aprendizado requer esforço.
Enquanto o exemplo surte grande impacto sobre a vida de nossos filhos, uma vez que "atos falam mais alto do que palavras", o treinamento não é completo sem outro importante elemento: ensino.
Há muitas coisas que você pode ensinar a uma criança: jogar basquete, cozinhar, pintar, história, gramática, línguas estrangeiras e jardinagem. A lista é infindável. Neste livro, estaremos focalizando quatro áreas principais:
Usando a vida como experiência de aprendizado.
Ensinando sabedoria e conhecimento da vontade de Deus.
Ensinando seu filho a tomar boas decisões.
A importância da leitura.
Estas quatro áreas principais são de grande importância para o desenvolvimento espiritual de seu filho. Elas estão essencialmente relacionadas a todos os outros tópicos de aprendizado e, primeiro, sob a responsabilidade do treina mento doméstico.
Estou certa de que ao menos um leitor está pensando "Mas eu mando minhas crianças para a escola com a finalidade de aprender. Não sou professor. Os professores da escola são muito mais qualificados do que eu para ensine meu filho. E o que ele não aprender na escola, aprenderá na Escola Dominical".
Não podemos incumbir os professores do colégio ou da Escola Dominical de darem exemplo aos nossos filhos, pois passam muito menos tempo com eles, tampouco negligenciar nossa responsabilidade de ensiná-los em casa.
O Senhor os coloca inteiramente sobre nossos ombros! Podemos escolher delegar algumas destas obrigações de ensinamento e exemplos à escola ou à igreja, mas não podemos abdicar de nossa responsabilidade por nossos filhos. Definitivamente somos nós, os pais, que precisamos enfrentar o Senhor e prestar contas deste treinamento, incluindo seu ensino.
Lembre-se, há duas desvantagens principais em delega importantes instruções aos professores de seus filhos:
1. O professor é responsável por uma sala de aula repleta de alunos — pelo menos vinte, e talvez quase quarenta. Ele ou ela não pode dar a seu filho a atenção particular que você pode prover como pai ou mãe. Este ensino personalizado prove uma oportunidade para a vital intera

Ensinar: Usando a Vida como Sala de Aula
ção, bem como assistência individual e monitoração do progresso.
2. Outra consideração importante são os valores. Você necessita estar atento aos professores que não compartilham seus valores cristãos; eles podem até ser antagônicos com relação às suas crenças. E, mesmo se seu filho é feliz o suficiente por ter um professor cristão, este não pode prover treinamento sólido das Escrituras, como por exemplo, sabedoria e conhecimento da vontade de Deus.
Estas áreas de ensino que cobriremos nos próximos capítulos são partes importantes do treinamento doméstico, e são facilmente integradas ao modelo que venho apresentando até agora.

A Importância do Aprendizado
Lembre-se das aulas de geometria que você teve no ginásio. Recorda-se de todos os teoremas ensinados? Você ainda pode nominar as várias figuras e calcular suas áreas? Você poderia aplicar esta informação hoje, tomando-as como planos para sua casa?
Bem, se você é um arquiteto ou engenheiro, provavelmente respondeu: "É claro, sem problema". Certo, por que você não tenta se lembrar das aulas de história do seu país? Será que pode recordar as culturas passadas, seus sistemas financeiros, recursos primários de comércio e outros assuntos? Provavelmente, não. Na verdade, eu me aventuraria a dizer que, a maioria não passaria nos exames finais em muitas escolas de primeiro e segundo graus, caso os fizesse agora. Por quê? Pois nos foram ensinadas muitas informações, mas aprendemos apenas um baixo percentual delas. Estou ciente disso, pois também se aplica a mim. Por que eu não aprendi tudo? Certamente, eu conhecia as informações naquela época, na realidade, meus boletins continham vários conceitos A. Porém, retive relativamente muito pouco. Não foi por falta de esforço. Estudei toda a matéria memorizei-a para os testes. Mas lembro-me de ter aprendido apenas algumas informações.
Basicamente, para que alguma coisa seja aprendida, sobretudo a respeito do treinamento referido neste livro, é necessário que o contexto seja interiorizado. Assim, ele não será esquecido, mas requerido e utilizado. O aprendizado pode ser aplicado em situações reais de vida. Muitos fatores o afetam, porém as crianças aprendem melhor quando seguem as seguintes condições:
A informação é relevante para o aluno. O estudante pode tanto se interessar pelo tópico, como reconhecer sua utilidade ou não para sua vida.
A informação é apresentada de maneira dinâmica, aprendizado é divertido, interativo ou intrigante. A criança participa do aprendizado, ao invés de apenas receber as informações apresentadas.
A aprendizagem é reforçada através da repetição. Caso esteja ensinando o aluno a bater na bola com a raquete você sabe que ele precisa treinar. O aluno não aprenderá, se apenas forem demonstradas as técnicas e permitida uma única tentativa. Este mesmo princípio aplica-s à criança que efetua problemas aritméticos; ela está praticando habilidades de multiplicação, leitura bíblica e tomada de decisões.
A informação precisa ser explicada. A criança aprende melhor, se compreender por que é necessário conhecer a informação e o processo que está sendo transmitido, para agir daquela forma nas situações de vida real. Em outra palavras, eles precisam saber por que, como, o que e quando.
Finalmente, eles precisam aceitar o que está sendo ensinado. Este princípio pode trabalhar contra ou a seu favor. Por exemplo, se você ensinou claramente ao seu filho os fatos bíblicos da criação, ele se recusará a aceitar a teoria da evolução ensinada na escola. Ele pode aprender sobre evolução (o que é de suma importância durante uma discussão sobre criação com evolucionistas), mas não interiorizará as instruções do professor, nem acreditará na evolução como fato. Por outro lado, nossos filhos não aceitarão o que lhes ensinarmos sobre integridade, caso nos vejam mentindo (nosso exemplo fala mais alto que nossas instruções).
Precisamos manter estes princípios, ao prosseguirmos com o treinamento de nossos filhos. Todas as coisas que lhes ensinamos devem ser relevantes, dinâmicas, repetidas, explicadas e aceitáveis, (pois isto é consistente com o que vêem e já conhecem). Deste modo, podemos estar seguros de que aprenderão o que lhes ensinarmos.

Ensinando Seu Filho a Pensar
Outro elemento chave para o aprendizado, porém freqüentemente negligenciado, é a importância de ensinar aos nossos filhos não apenas o que pensar, mas como pensar. Com o passar do tempo, encontramos cada vez mais situações sobre as quais precisamos decidir o que pensar. E estas são, freqüentemente, novas e desconhecidas áreas sobre as quais ninguém jamais nos ensinou.
Talvez você fosse jovem quando ocorreu a Guerra do Vietnã, e seus sentimentos foram desenvolvidos em grande parte, baseados no que as outras pessoas (talvez pais ou professores) lhe transmitiram. Se você era uma criança, provavelmente não avaliou com cuidado todos os aspectos da guerra e formou uma opinião por si próprio, tomando apenas o conceito de alguém de sua confiança.
Mas agora você se depara com notícias de ações militares por todo o mundo. Há alguns instantes, teve que formar uma opinião sobre a Guerra do Golfo. Questões difíceis, não? Você apenas seguiu a opinião de outros sobre esta guerra? Agora que já é um adulto como eu, provavelmente se familiarizou com o assunto.
Eu pedi a opinião de pessoas com experiência e sabedoria. Também li muito sobre o tema. Assisti aos novos noticiários, observei debates com experts em ambos os lados da questão e orei. Então, considerando todos os fatos, formei minha própria opinião — ela poderia defender e explicar o que fiz.
Quando éramos jovens, podíamos viver satisfeitos com o que outra pessoa nos instruía a pensar. Mas, ao atingirmos a maturidade, precisamos saber como raciocinar, desejamos sobreviver. A habilidade de saber como pensar é necessária diariamente — não apenas para formar opiniões políticas, mas aproveitar da melhor maneira possível seu dinheiro, ser cuidadoso para não ser enganado, educar seus filhos, discernir a vontade de Deus e tomar decisões concernentes à moral.
Um dos maiores presentes que podemos dar aos nossos filhos é ensinar-lhes como pensar por si próprios. Nos dias atuais, isto é importante até mesmo para as crianças. Não podemos mais confiar que as escolas conservarão nossos valores familiares, nem permitir que nossos filhos confiem em estranhos ou acreditem nas coisas que qualquer autoridade lhes diga. Seqüestradores e molestadores de crianças fingem ser policiais para enganá-los. Professores carregam idéias estranhas, e alguns procuram subverter a autoridade dos pais. Vivemos dias assustadores, e mais do que nunca nossos filhe precisam adquirir a sabedoria e aprender como pensar!

A Natureza Essencial da Mente
A Bíblia enfatiza a importância de nossa mente, nosso intelecto, e a maneira pela qual a utilizamos. Provérbios 23.7nos declara:
Porque, como imaginou na sua alma, assim é...
O que pensamos será demonstrado através de nosso estilo de vida. Sou o que penso. Ao desenvolvermos um ponto de vista cristão, mudaremos nosso caráter — condição mais favorável para treinar nossos filhos. Quando focalizamos nossos pensamentos no Senhor, nossas vidas são centradas nEle, e somos melhores exemplos. Podemos também ajudar nossos filhos a pensar nas coisas do Senhor e conforme o Senhor, ensinando-lhes a sabedoria da Palavra. Isto modelará o caráter deles. Assim, eis a primeira razão pela qual a mente é importante:
Nossos pensamentos modelam nosso caráter.
Paulo disse que aos cristãos é dada a mente de Cristo. Além do mais, deveríamos tirar vantagem das habilidades e discernimentos que Ele nos concede, para alcançarmos o conhecimento e a sabedoria.
Se a criança não aprende como pensar cuidadosamente v avaliar tudo que lhe é ensinado, não reconhecerá os falsos ensinos aos quais será exposta durante sua vida — através da televisão, jornais, escola ou quando for abordado por um recrutador de seitas. Ajudando nossos filhos a desenvolver um ponto de vista religioso, estaremos habilitando-os a tomar decisões corretas e distinguir o ensinamento bíblico do não-bíblico.
É muito triste ver os cristãos aceitarem humanísticas visões mundanas sobre questões morais como homossexualidade ou aborto. Se não estivermos firmados na Palavra, a verdade de Deus, podemos ser ludibriados pelos argumentos do mundo. Argumentos humanísticos sempre parecem ser bons exteriormente, mas quando combinados com a pressão social, a fim de serem vistos como "politicamente corretos", os cristãos descuidados podem seguir a multidão; adotando os que são instruídos a pensar, ao invés de verem através dos olhos de Deus e pensarem com discernimento, baseados no ponto de vista bíblico.
Além do mais, a segunda razão para ensinar seu usar a mente é:
Ter a mente de Cristo nos protege dos falsos ensinamentos.
O missionário evangelista Stanley Jones ilustra a natureza essencial da mente em relação à maneira como ama a Deus:
A posição do cristão é "Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração" — a natureza emocional; "de toda a tua alma' — a natureza voluntária; "e de todo o teu entendimento" natureza intelectual; e "de todas as tuas forças" — a natureza física. A pessoa completa precisa amá-lo — coração, alma, entendimento e forças. Mas as "forças" precisam significar um resumo dos três. Alguém pode amar a Deus com a força da mente e a fraqueza da emoção — o intelectual em religião; alguém pode amá-lo com a força da emoção e a fraqueza da mente sentimentalista em religião; alguém pode amá-lo com força de vontade e a fraqueza da emoção — o homem de ferro que não é muito acessível. Mas o amor a Deus com a força da mente, da emoção e da vontade faz o verdadeiro cristão, o verdadeiro equi1líbrio; o forte e verdadeiro caráter. (Song of Ascents [Nashville: Abingdon, 1968], p.189, quoted ir Gordon MacDonald, Ordering Your Private World [Nashville: Oliver-Nelson, 1985])
De fato, a mente bem desenvolvida ou uma inteligência cristã nos permite adorar e servir ao Senhor com grande força e caráter equilibrado. Isto nos proporciona a terceira razão pela qual a mente é essencial:
Uma mente bem desenvolvida é essencial para o caráter verdadeiramente forte e equilibrado do cristão.
De modo interessante, Jones também contrasta esta posição cristã com a visão (encontrada no movimento da Nova Era e outras religiões), na qual a pessoa precisa esvaziar a mente para a meditação — atividade que muitas escolas públicas americanas pedem que as crianças participem. Quando a mente está vazia, Satanás adora preencher o espaço. Deus nos manda meditar ou analisar o que é bom, puro e santo. É claro que a meditação sobre as maravilhas de Deus completará o propósito do "relaxamento"!

Aprendendo como Pensar
Como podemos ensinar nossos filhos a pensar? Uma forma é ensiná-los a tomar boas decisões. Abordaremos mais adiante como atingir este objetivo. Outra maneira de instilar neles a sabedoria é ensiná-los a discernir a vontade de Deus. Discutiremos este procedimento no próximo capítulo. Mas o fundamental, tanto para tomada de decisões como para a sabedoria, é o conhecimento bíblico.
Ensinar seus filhos como pensar inicia-se ao firmá-los na Palavra. Quando ainda muito pequenos, podemos ler histórias bíblicas para eles, discutir como os personagens bíblicos decidiram agir em certas situações e mostrar-lhes como Jesus usou sua inteligência para pensar sobre as coisas e proceder corretamente (por exemplo, quando Satanás tentou-o por três vezes no deserto).
Enquanto nossos filhos crescem, podemos ajudá-los a desenvolver a disciplina de ler a Palavra diariamente. Podemos também reforçar estas lições, através da Noite Familiar, discutindo-as durante as refeições e enquanto dirigimos.
Como a Bíblia nos ensina a desenvolver nossas habilidades de raciocínio?
Mas ponham à prova tudo o que for dito, para terem a certeza de que é verdade, e se for, então aceitem. (1 Ts 5.21, A Bíblia Viva)
Se podemos ensiná-los a "examinar tudo", eles está protegidos de serem vítimas dos falsos ensinamentos mundo. Isto não é maravilhoso? Mas, como podem testar todas as coisas que forem ditas?
Mostra o teu grande amor por mim, que sou teu servo! Assim viverei eternamente e serei capaz de obedecer a tua palavra aqui na terra. Abre os meus olhos para ver as coisas maravilhosas que tua Lei. Estou apenas de passagem aqui na terra, sou um viajante preciso de teus mandamentos para me orientar. Tenho um desejo forte e constante de saber as tuas decisões sobre os fatos da (SI 119.17-20, A Bíblia Viva)
Através da Bíblia, Deus nos proveu as coisas necessárias para que pudéssemos enfrentar a vida. Sua Palavra é o mapa. Os mandamentos são um roteiro e guia para nos dirigir pelas intempéries da existência. Sua Palavra nos ensina como pensar, dando-nos exemplos de homens e mulheres justos além de princípios a serem observados ao formarmos nossas opiniões, discernirmos o certo do errado e selecionarmos.
Quando a Bíblia não apresenta respostas específicas para cada questão, prove os princípios que necessitamos, a de fazermos um julgamento correto.
Por exemplo, meu marido e eu estamos decidindo tipo de seguro de vida escolher. A Bíblia não diz: "Tal companhia é melhor", tampouco nos afirma a mais estável. Porém, nos fornece princípios que nos fazem pensar. A Bíblia fala extensivamente sobre economia financeira, nossas responsabilidades para com os membros de nossa família e princípios para usura. Baseados neste guia, podemos decidir o que é melhor para nossa família.
Note que talvez a melhor política de seguro de vida para a minha família não seja a mesma para a sua. Tais decisões são complicadas, envolvendo saúde, idade, posições financeiras no futuro, vantagens e outras coisas. Cada família possui circunstâncias diferentes que pesam nesta complexa decisão.
Penso ser este o motivo pelo qual a Bíblia não nos diz simplesmente o que pensar, mas nos ensina como pensar. Deus nos tem permitido a flexibilidade para administração em várias circunstâncias, tais como as que determinam os seguros de vida necessários, conduzindo-nos claramente durante os princípios que se sobrepõem. Não é a Bíblia um maravilhoso guia? Apesar de nossa diversidade, ela se aplica a cada pessoa, através do design especial de Deus!

Usando a Palavra como Seu Guia
Nossos filhos estarão protegidos quando aprenderem os princípios bíblicos e tomarem estas verdades como parte de suas vidas.
Bem-aventurado o varão... [que] tem o seu prazer na lei do Senhor e na sua lei medita de dia e de noite. (Sl 1.1,2)
Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios perecerá. (SI 1.6)
Seu filho será abençoado através da meditação dia e noite na Palavra. Isto significa que você deve forçá-lo a ler a Bíblia e trancá-lo em um quarto até que a memorize complemente? Certamente que não.
Não acredito que o Senhor deseja que forcemos nossos filhos a permanecerem confinados em seus quartos lendo a Palavra. Na verdade, esta imposição exagerada pode produzir o efeito oposto ao esperado. Deus deseja que imprimamos suas vontades de forma natural, tornando-o centro de nossas vidas e famílias. Podemos facilmente incorporar as discussões dos princípios cristãos e o que diz a Bíblia sobre as atividades naturais ocorridas no dia a dia. O Senhor instruiu os israelitas:
Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa ali e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos, e ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levando-te. (Dt 11.18,19)

Usando a Vida como Sala de Aula
Na última passagem, Deus está dizendo basicamente que usemos a vida como sala de aula. Faça da Palavra do Senhor sua instrução e parte de sua vida diária, utilizando cada oportunidade para ensinar seus filhos na verdade.
Precisamos escrever as verdades de Deus nos corações de nossos filhos, para que estejam aptos a discernir o falso ensinamento que encontrarem nas escolas, sociedade amigos e outros), e até mesmo em igrejas. Muitos falsos ensinamentos são apresentados aos nossos filhos diariamente, incluindo:
A evolução é um "fato", provando que Deus não existe
As idéias da Nova Era de que somos nosso próprio c são inquestionáveis.
Perversões como homossexualidade são aceitáveis.
É correta a depreciação da vida através do aborto e da eutanásia.
Sexo pré-matrimonial e casos são permitidos; assim como "sexo" seguro.
Drogas são comuns; se forem usadas moderadamente e com cuidado.
Você é mais importante do que qualquer coisa ou qualquer pessoa.
A culpa pela maioria dos problemas e fraquezas podem ser atribuídas a qualquer um — sociedade ou nossos parentes, por exemplo.
A violência é parte necessária da vida.
Você precisa ser rico para ser feliz.
Para ser realmente tolerante, você precisa aceitar todas as idéias e respeitar os comportamentos.
O meio-ambiente é mais importante que as pessoas.
Precisamos formar uma sociedade completamente global, se desejamos sobreviver.
A lista é interminável, e o falso ensinamento, penetrante. Na condição de pais, como podemos neutralizar este falso ensino?
Você sabe como os experts descobrem o dinheiro falso nos bancos americanos? Alguém pode pensar que eles logicamente são expostos ao dinheiro falso para reconhecê-lo. Mas, na verdade, acontece o contrário. Eles são constantemente expostos à moeda real até que, quando alguma pessoa tenta passar uma nota falsa, eles podem facilmente identificá-la.
Da mesma forma, podemos proteger nossos filhos do falso ensinamento. Sim, é importante expor o erro quando você o vir, bem como explicar porque é falso e contrastá-lo com n verdade. Porém, é importante que a criança não comece focalizando o erro, pois isto pode torná-la menos sensível à pureza da verdade. A melhor estratégia é imergir seu filho na verdade e sabedoria de Deus, para que não tenha dificuldade em discernir o falso ensino.
Vocês nunca poderão comer alimento espiritual sólido, nem compreender as coisas mais profundas da Palavra de Deus enquanto não se tornarem melhores cristãos, e não aprenderem a distinguiu certo do errado por meio da experiência em fazer o que é correto. (Hb 5.14, A Bíblia Viva)
Este é um conceito bíblico! As Escrituras nos ordene utilizar constantemente o "alimento sólido" — a verdade de Deus. Um constante alimentar-se das Escrituras e o sólido ensinamento cristão exporão seus filhos à realidade vina, portanto os falsos ensinamentos da sociedade ou das escolas serão facilmente reconhecidos.
A vida nos oferece muitas oportunidades para ensine nossos filhos. Precisamos procurar conscientemente por esta oportunidades no decorrer do dia e compartilhá-las com ele Na verdade, você provavelmente está pronto para isto sei que tenha percebido. A maioria de nós gosta de louvar Senhor em determinado momento do dia, talvez em momentos de preocupação ou após meditar. Reserve tempo para compartilhar este discernimento com seus filhos. Eis alguns exemplos:
A natureza é um tipo de conhecimento. Deus se revela diariamente através do milagre da vida e de toda a criação ao nosso redor. Tire algum tempo para admirar nuvens, a imensidão do Universo ou a multidão das estrelas. Quão grande é nosso Deus para segurar tudo isto em suas mãos! Ou se você conhece alguma mulher grávida, discuta o milagre da transformação do seu corpo para acomodar, nutrir o bebê e retornar à função normal após o nascimento. Apenas o Senhor poderia criar este sistema magnífico!
A Bíblia diz:
Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. (SI 19.1,2)
As crianças possuem uma curiosidade natural, sobretudo quando são mais novas. Ao invés de ficarmos frustrados com as inúmeras questões — principalmente as mais difíceis que não conseguimos responder! — podemos usar estas oportunidades para ensinar. Quando ocorre uma pergunta, do tipo: "Por que as folhas trocam de cor no outono"? ou "O que faz o barulho do trovão"? Podemos consultar nossa enciclopédia e procurar as respostas com nossos filhos. Este exercício não apenas responde às nossas perguntas, como também ensina à criança encontrar respostas, uma parte vital para o aprendizado.
Há muitas maneiras de ensinar-lhes como tomar decisões. Primeiro, você pode começar permitindo que eles tomem decisões apropriadas para suas idades. Permita escolhas dentro dos limites paternalmente estabelecidos. Por exemplo, quando uma garotinha de cinco anos escolhe vestir qualquer outra roupa não pertencente ao seu guarda-roupas, provavelmente preferirá usar algo inapropriado para a ocasião ou tempo. Mas, provavelmente ficará feliz e orgulhosa de sua decisão, se você selecionar várias opções adequadas e deixá-la escolher a sua favorita.
Outro importante instrumento para a tomada de decisão é o exemplo. Em família, por exemplo, ao escolher onde passar as férias, permita que todos participem e "conversem". Durante este processo surgirão várias idéias; então elimine as menos prováveis, baseadas em despesas, tempo e fatores climáticos. Deixe que seus filhos pesquisem esta informação para ajudar a decidir. Então, dentre as opções restantes, examine as atividades e acomodações disponíveis e faça uma escolha familiar.
Quando decisões difíceis precisam ser tomadas, leve ao Senhor em oração juntamente com a família e busquem princípios bíblicos para guiá-los.
Pensar em voz alta pode ser um grande auxílio para o ensino. Mesmo ao entrar em uma mercearia com uma criança menor, explique por que você está comprando uma ou outra marca, baseado na qualidade ou preço.
Quando a criança ficar mais velha, deixe-a ajudá-lo nas decisões, comparando preços e qualidades para determinar o melhor valor.
Ensine-lhe a responsabilidade financeira, determinando juntos uma mesada apropriada, as responsabilidades para obtê-la e o que ela precisará economizar para as compras. Por exemplo, quando eu era jovem recebia uma pequena mesada para fazer alguns serviços doméstico! Após reservar a oferta para a Escola Dominical, podia gastar o dinheiro da maneira que desejasse. Quando fiquei mais velha, o valor de minha mesada aumentou mas tinha que comprar minhas roupas e pagar meus lanches ao sair com amigos. Meus pais me ajudavam a estabelecer um orçamento, usando envelopes e um caderno para certificar-me de não ter gasto meu dinheiro antes de precisar dele. Com este sistema, aprendi a ser financeiramente responsável e independente, por isso não tive qualquer problema quando mudei para meu primeiro apartamento.
Ao ensinar sobre finanças, é bom mostrar aos seus filhos o orçamento familiar. Esta é uma ótima forma de expô-los à realidade do custo de vida e ajudá-los a compreender as prioridades e limitações, bem como a importância do planejamento, mas é preciso cuidado para não colocar sobre os seus ombros os fardos financeiros da família. Não esqueça de ensinar-lhe a importância de economizar e pagar o dízimo (o que deve partir do coração deles).
Grandes aquisições fornecem outra grande oportunidade para ensiná-los. Por exemplo, ao comprar uma casa, um carro ou instrumento, permita que seu filho acompanhe o processo. Esta experiência lhes será útil mais tarde, quando enfrentarem necessidades similares. Discutam o processo de tomada de decisão, avaliando qualidade, apresentação, garantias, opções etc. Demonstre como você busca a vontade de Deus e ora sobre a decisão.
Isto oferece também uma grande oportunidade para ensiná-los sobre dívidas. Nós podemos contraí-las? Como obter a melhor taxa? Quanto este item realmente custara após ter sido pago? E, se algo acontecer ao produto antes de ele ter sido quitado? Precisamos de seguro? Como serão os pagamentos? Podemos saldar a dívida mais rápido? Qual é a taxa de juros? É um item de valorização ou desvalorização?
Lembro-me quando meu pai levou meu irmão, Ross, à loja de bicicletas. Eles queriam dois modelos simples, e havia muitas opções maravilhosas. Certamente que meu irmão Ross, de sete anos, desejava o último modelo, aquele da moda. Mas eles olharam todas as opções e encontraram duas na seção de liquidação que estavam em ótimo estado um preço convidativo, portanto compraram-nas à vista. Moral da história: você não precisa comprar sempre o melhor, apenas com o melhor valor.
Há muitos livros evangélicos sobre como ensinar a filho as peculiaridades do caráter através das atividades do dia-a-dia.
Tarefas domésticas podem ser uma grande fonte de aprendizado para a criança, a pois desenvolve a responsabilidade. Elas podem ser mais agradáveis e interessantes através de disputas de qualidade, corridas para ver quem tem primeiro a tarefa do dia ou da semana etc. O preço pode ser: cozinhar a mãe o jantar favorito da criança ou outro reconhecimento especial.

Ajudando Seu Filho a Aprender Melhor na Escola
Quer nossos filhos freqüentem escolas públicas ou particulares, como pais, precisamos sempre ter em mente que somos parceiros no ensino. Para serem eficientes, as escola precisam de suporte paterno no aprendizado doméstica Além do treinamento bíblico e do caráter, podemos ajudar no trabalho escolar estabelecendo padrões para realização de tarefas, planejamento responsável em atribuições a longo prazo e desenvolvimento de uma atitude positiva com relação ao aprendizado.
As crianças aprendem melhor quando o ensino é significativo. Você pode ajudá-las a fazer o trabalho escolar e os projetos mais agradáveis, oferecendo seu entusiasmo, ajuda e encorajamento. Pode ajudá-las a estabelecer objetivos a longo e curto prazo, para que seu trabalho não se torne uma pressão de última hora. Bons amigos — os que valorizam a escola — e o interesse paternal afetam significativamente a atitude da criança com relação ao aprendizado. Manter contato com os professores de seu filho é uma ótima maneira de ajudá-lo. Peça ao professor que lhe mantenha informado sobre suas aptidões e fraquezas, como também as áreas em que ele possa precisar de uma ajuda extra e incentivo. Reveja também todo o seu currículo, a fim de que possa estar alerta aos problemas e oportunidades em potencial. Durante o ano, é importante fazer algumas perguntas ao professor. Por exemplo, peça-lhe que classifique seu filho, na escala de 1 (inverídico) a 7 (verídico), nas características a seguir:
A lição de casa de meu filho é limpa e legível.
Meu filho completa seus projetos.
Meu filho acompanha suas tarefas diárias.
Meu filho completa sua lição de casa na hora e a tempo.
Meu filho é organizado na escola.
Meu filho orgulha-se da qualidade de seu trabalho.
Meu filho é motivado a conquistar.
Meu filho gosta de aprender.
Meu filho lida bem com os desafios de trabalho.
Meu filho tem confiança em sua habilidade de aprender.
Meu filho não é facilmente desencorajado.
Meu filho espera ser bem-sucedido.
Meu filho domina as bases da escrita.
Meu filho domina as bases da leitura.
Meu filho domina as bases da matemática.
Os interesses do meu filho são equilibrados e fundamentados.
Meu filho ajuda os outros.
Você pode preferir completar periodicamente a avaliação acima (adaptada, se necessário) em casa com seu filho, para sua própria informação. As habilidades deficientes podem ser encorajadas, praticadas, e as habilidades aprovadas podem ser elogiadas.
O aluno deve estar apto a responder por determinada classificação. Os jovens costumam não pensar por que freqüentam a escola. Eles podem responder: "Por que tenho que ir"? ou "Por que desejo um emprego"? Ambas as razões não são motivações suficientes. Um trabalho importante para nós, pais, é motivar nossos filhos, ajudando-os a compreender por que é importante e valioso ensiná-los cada matéria que estudam na escola, demonstrando-lhes como o conhecimento pode ser usado na vida real. Por exemplo, caso seu filho esteja aprendendo álgebra, faça-lhe uma pergunta sobre comparação de preços e mostre como usar equação algébrica para encontrar a resposta. Caso seu filho esteja estudando artes, leve-o a um museu para inspiração. Use o noticiário ou eleição local para ajudá-lo a aplicar as lições cíveis; pergunte-lhe sua opinião sobre determinado candidato ou assunto.
Enquanto permanecemos estabelecidos na verdade de Deus, temos uma ótima oportunidade para utilizarmos o mundo como ferramenta de aprendizado. Caso não haja uma base sólida e falhemos em possuir um plano eficiente, levaremos a vida permitindo que o mundo nos use, manipule e distorça nossas crenças. Depende de nós tomarmos as rédeas, ancorarmo-nos na Palavra e aprendermos as coisas do mundo através da tela protetora da santidade, não consentindo que o pecado do mundo nos corrompa e nos comprometa. A vida é uma grande sala de aula, apenas aguardando ser usada!

Trazendo-a para Casa
Aplicando os princípios de Deus: favor consultar o capítulo 2, para idéias e atividades sobre a elaboração da Noite Familiar.
Abertura: Por que o aprendizado é importante? Onde aprendemos as coisas?
Escrituras: 1Timóteo 6.20,21; Tito 1.9.
Discussão: Qual a diferença entre o conhecimento do mundo e a verdade bíblica? Por que é importante ler a Palavra de Deus e saber o que ela diz? Discutam algumas formas nas quais falso conhecimento do mundo conflita com a verdade da Bíblia? O que é mais confiável, Bíblia ou a ciência?
Aplicação:
1. Quando Cristo estava no deserto e foi tentado por Satanás durante quarenta dias, Ele usou as Escrituras para refutar suas mentiras (leia Lucas 4.1-13). Como você pode usar a Palavra como um arsenal, da mesma forma que Cristo fez, para lutar contra a influência ou falsas mensagens que são proferidas?
2. Leia Tito 1.9 novamente. Como você deveria esconder a Palavra em seu coração e usá-la? Como você pode praticá-la na escola? Efésios 6.13-18 nos manda vestir toda a armadura de Deus. Por que isto é importante para a sua vida?

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