17 de setembro de 2011


Criando os filhos no caminho de Deus – parte 16

Livro de Kathi Hudson - CPAD


A Arte do Encorajamento

O encorajamento é, talvez, a maneira mais importante e mais difícil de ajudar nossos filhos.
O próprio conceito de encorajamento pode ser desanimador. Qual o seu significado? Como posso construí-lo? Ele encaixa-se àquele velho ditado: "Mais fácil dizer do que fazer". Sua arte é natural em poucas pessoas. Logo, precisamos desenvolver tal habilidade e trabalhar este comportamento cristão. Sim, acredito no encorajamento dos indivíduos. Encorajar nossos filhos, por exemplo, significa construir sua confiança, ajudando-os a desenvolver a fé e habilitando-os a lidar com os fracassos — três componentes vitais para a boa paternidade.
Nosso Pai celestial é o Pai perfeito; Ele exemplifica a arte do encorajamento. Quem dentre nós já não clamou a Deus e consultou as Escrituras em busca desta virtude? Já não fomos encorajados vez após outra através da Palavra confortante do Senhor e da sensação de estarmos envolvidos por seu amor? Muitas vezes, é este encorajamento que nos dá força para prosseguir, pois levanta nossas asas e nos mantém flutuando.
Minha passagem favorita encontra-se em Isaías 40.29
Dá vigor ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os jovens certamente cairão. Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas força subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão.
Eu costumava ter esta mensagem escrita em meu porta-chaves, e deparava-me com ela muitas vezes por dia apenas para aumentar minha coragem. É claro que estas palavras estavam em meu coração, assim, tudo o que dl via fazer era olhar o porta-chaves, e a passagem fluía em meu pensamento. Eu também recorria a este versículo quando faltavam-me forças humanas, o que parece açor tecer com mais freqüência ultimamente! Com o Senhor: fortalecendo, posso "subir com asas como águias"! Que encorajamento!

O Encorajamento Vem do Senhor
Nosso Pai celestial é um Deus de encorajamento A Bíblia Viva diz em Romanos 15.5:
Que Deus, Aquele que dá a paciência, constância e ânimo, possa ajudá-los a viver em completa harmonia uns com os outros — cada um tendo para com o outro a mesma atitude de Cristo.
Deus nos encoraja e, em troca, deseja que encorajemos aos outros. Encorajamento, assim como amor, precisam sei compartilhados. Em 1 Tessalonicenses 5.11 lemos: "Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros".
Como já aprendemos, viver uma vida cristã bem-sucedida requer obediência a Deus. Algumas vezes, ela requer coragem! Mas nosso Deus é nosso encorajador. Leia a história de Daniel (Dn 6). Como você enfrentaria os desafios que ele enfrentou? Daniel era um grande e bem-sucedido homem de Deus. Alguns tinham inveja dele, por isso armaram um plano para tentar forçá-lo a desobedecer ao Senhor. Suas tentativas foram um fracasso, pois Daniel sabia que o Pai seria fiel devido à sua obediência. E assim o livrou da cova dos leões.
Se lhe obedecermos, Deus nos será fiel também. Podemos receber coragem e confiança através desta passagem. O Senhor usa as Escrituras para nos encorajar; logo, precisamos conhecer profundamente a Bíblia se desejamos possuir esta virtude e transmiti-la a nossos filhos, educando-os na Palavra. Daniel 11.32 (A Bíblia Viva) nos diz: "As pessoas que conhecem o seu Deus serão corajosas e farão grandes coisas". O conhecimento é um requisito para a coragem.
Compartilhando Nossa Coragem.
Uma vez que recebemos encorajamento do Senhor, somos admoestados a compartilhá-lo. Hebreus 3.13 exorta:
Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje...
O encorajamento deve fazer parte de nossas vidas. E onde melhor praticá-lo do que em nossa família, com a qual interagimos diariamente? Você pode ser uma grande bênção para seu cônjuge e filhos, apenas sendo um encorajador ativo como Barnabé.
Seu verdadeiro nome era José, mas recebeu este apelido, pois ele se adequava perfeitamente ao seu ministério. "Barnabé" significa "filho do encorajamento". Ele era importante para o plano de Deus, pois encorajou Paulo e Marcos em seus ministérios como também a muitos outros crentes. Pense em sua grande contribuição apenas por encorajar Paulo que nos proporcionou tanto conhecimento através de suas escritas divinamente inspiradas! Você já ouviu o ditado: "Por trás de todo grande homem, uma grande mulher". Bem, talvez devêssemos fazer algumas substituições: "Por trás de cada mulher ou homem bem-sucedidos há um encorajador".
Os encorajadores são raramente reconhecidos, e sua importância, quase nunca percebida. Mas eles são importantes! Você pode ter um ministério encorajador e maravilhoso em sua família.
Embora Paulo carregasse a reputação de perseguidor do« cristãos, Barnabé teve coragem de encontrá-lo após ele ter-se convertido. Ele não apenas obedeceu ao Senhor, encontrando-se com Paulo pessoalmente, como também encorajou os outros crentes a confiarem em sua atitude. Ele teve coragem e, então, compartilhou-a com os demais, a fim dé apoiá-los e mostrar-lhes como deveriam persistir.
O qual [Barnabé] quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortou a todos a que, com firmeza de coração permanecessem no Senhor. Porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé.] E muita gente se uniu ao Senhor. (At 11.23,24)
... confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé.(At 14.22)
Estas palavras, escritas para descrever Barnabé, são o, testamento de seu estilo de vida de sucesso. Oro para que J palavras similares possam um dia ser aplicadas a cada um de nós ao aprendermos a receber encorajamento do Senhor e passá-lo aos outros, usando-o para exemplificar o sucesso cristão.

Nosso Equipamento Único
Você pode estar pensando: "Quero encorajar meu filho. Mas como posso fazer isto"?
Deus nos equipou de maneira singular, a fim. de preencher seu propósito. Algumas vezes, quando sentimos a direção do Senhor para que o obedeçamos em certa área, somos tentados a dizer: "Mas, Senhor, eu não posso fazer isto". Cometi este engano com minha escrita (contarei mais tarde); Moisés o fez com sua fala. Todos nós nos sentimos desta forma uma vez ou outra.
Mas Deus dá habilidades a cada um em diferentes áreas. Nosso "equipamento" não foi feito por acaso, mas de acordo com o propósito de Deus. Recentemente, fiz um inventário dos dons espirituais e fiquei surpresa com alguns resultados. Alguns deles não coincidiam com as opiniões que eu tinha sobre minhas forças. No entanto, após muita reflexão e oração, pude perceber que sempre tive estes dons desde criança. Além disso, compreendi como Deus os desenvolveu e os utilizou de várias formas que eu não havia percebido, pois não as considerava significantes. Deus possui, portanto, uma perspectiva diferente da nossa. Êxodo 28.3 mostra o encorajamento de Deus para seu povo:
Falarás também a todos os que são sábios de coração, a quem eu tenha enchido do espírito de sabedoria, que façam vestes a Arão para santificá-lo, para que me administre o ofício sacerdotal".
Neste exemplo, Deus concedeu habilidades a certos homens para que ajudassem a Arão, seu líder. Nem todos os equipamentos levam a "trabalhos gloriosos". Mas cada trabalho é importante, e todo o nosso equipamento único precisa ser usado de maneira apropriada, se desejamos ser bem-sucedidos.
Em Ezequiel 28.4,5, vemos como o rei de Tiro usou erroneamente sua habilidade comercial — não em obediência ao Senhor, conforme seus propósitos, mas para seu ganho. Este uso impróprio do equipamento único causou sua quede
Pela tua sabedoria e pelo teu entendimento alcançaste o teu poder e adquiriste ouro e prata nos teus tesouros; pela extensão da tua sabedoria no teu comércio, aumentaste o teu poder; e eleva-se o teu coração por causa do teu poder.
A cada um de nós é confiado dons e habilidades pai serem usados em obediência e respeitados como dons especiais de Deus. Paulo explica melhor:
Ora, o corpo possui muitos membros, e não um só. Se o pé disser "Não sou membro do corpo porque não sou mão", nem por isso deixa, de ser um membro do corpo. E que pensariam vocês se ouvissem uma ovelha dizer: "Não sou membro do corpo, porque sou apenas orelha, e não olho"? Será que isso a faria menos parte do corpo! Suponhamos que o corpo inteiro fosse um olho — então como é que vocês ouviriam? Ou, se o corpo todo de vocês fosse uma orelha enorme, como é que vocês poderiam sentir o cheiro de alguma coisa? Entretanto, não foi desse jeito que Deus nos fez. Ele criou muitos membros para os nossos corpos e colocou cada um desses membros onde os deseja. Que coisa esquisita seria um corpo, se tivesse um único membro! Assim foi que Ele fez muitos membros, mas ainda é um corpo só.
O olho nunca pode dizer à mão: "Não preciso de você". A cabeça não pode dizer aos pés: "Não preciso de vocês". E alguns dos membros que parecem ser os mais fracos e menos importantes são, na realidade, os mais necessários. (1 Co 12.14-22, A Bíblia Viva)
Não importa o quanto achemos insignificante nosso "equipamento" único. Ele é importante, pois Deus nos fez desta forma com um propósito. Cada um de nós tem uma responsabilidade com o Senhor quanto ao uso de nossas habilidades e talentos para sua glória. Realizaremos seu propósito como membro de nossa família, da igreja local e da Igreja de Deus. Somos uma importante parte de cada um destes corpos.
É importante reconhecermos e ensinarmos aos nossos filhos que não apenas vamos à igreja, mas refletimos um estilo de vida cristão diariamente, não importa onde estejamos, pois somos representantes de Jesus Cristo e temos o dever de viver o papel para o qual fomos designados, usando nossos talentos e habilidades.
Tudo o que temos a fazer é obedecer. Não precisamos esperar por mais dons que nos habilitem. Devemos agir como Deus nos manda, através do seu poder.
Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito a vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por sua glória e virtude. (2 Pe 1.3)
Quando somos salvos, Deus nos equipa com todas as coisas que necessitamos para servi-lo, através do conhecimento que obtemos ao seguir a Jesus e estudar a Palavra. Depende de nós aceitar a oportunidade e obedecer.

Como Encorajar Seu Filho
De acordo com Will Smith, astro do seriado The Fresh Prince of Bel-Air, tudo que seu pai fez teve um motivo. Assim, em entrevista à revista Reader's Digest em junho de 1993 (citando Gail Buchalter em Parade), recorda:
Certa vez meu pai queria que meu irmão e eu consertássemos uma enorme parede em frente ao seu escritório. Precisávamos estocar toda a extensão e reconstruir a estrutura. Aquilo levou seis meses.
Anos mais tarde, papai explicou por que deu-nos tal tarefa. "Quando um garoto está crescendo", disse ele, "precisa ver algo J que pareça impossível ser feito e, então, persistir e fazê-lo. Sempre haverão muros na vida". Meu pai nos ajudou a vencer um muro, para que nunca tivéssemos medo de dar o primeiro passo e tentar fazer o impossível.
Como pais, desejamos encorajar nossos filhos a serem cristãos bem-sucedidos e desenvolverem suas capacidade dadas por Deus. Como podemos fazer isto de forma prática? Há várias maneiras. Primeiro, precisamos compreende importantes distinções:
Obstáculos podem ser vistos como possibilidades.
Antes de ajudarmos nossos filhos a desenvolver este ponte de vista, precisamos adotá-lo, o que nem sempre é fácil! Preciso admitir que minha primeira reação ao desafio é evitai ou temer a derrota. Meu marido, por outro lado, vê possibilidades em tudo e uma saída para cada desafio.
Temos alguns itens realmente de bom gosto em nossa casa, pois meu marido viu potencial em um pedaço de sucata. Na verdade, a casa onde agora moramos era ui verdadeiro desafio para ser decorada e requereu muito cuidado e habilidade. Mas Deus nos abençoou com uma casa maravilhosa e, através do exemplo de meu marido,' pude ver seu potencial; agarrar a oportunidade, ao invés de ver os problemas como um grande obstáculo. Enxergar além das barreiras e desafios é uma das melhores! habilidades que tenho desenvolvido. Isto me capacita a; tirar vantagem de muitas oportunidades que de outra! forma eu perderia. Por estar aprendendo estas lições, estou apta a encorajar este ponto de vista positivo em meus; filhos, quando estiverem tentados a evitar um desafio pelo medo do fracasso.
Zig Ziglar disse certa vez: "Uma vida liberta de todos os obstáculos e dificuldades reduziria a zero todos os poderes e possibilidades". De fato, sempre que se enfrenta um obstáculo, ganha-se mais habilidade. O obstáculo para um motor de barco ir mais rápido é a mesma água que ele precisa para a propulsão. A barreira que um avião precisa vencer para voar mais rápido, é o mesmo ar que necessita para manter-se voando.
Os obstáculos em nossas vidas são necessários; eles nos desafiam a vencer. Como disse Chuck Swindoll certa vez: "Enfrentamos grandes oportunidades disfarçadas de situações impossíveis".
Há uma tênue linha entre encorajamento e pressão.
Lembre-se, encorajamento significa "ato ou efeito de encorajar". Se digo ao meu filho: "Você jogou futebol muito bem. Pratique um pouco mais o ataque antes de chegar ao gol — esta é sua única maneira de vencer", qual é a minha mensagem? Que apenas "vencer" não é suficiente.
Quando ele dá o melhor de si e traz para casa um B+ em seu boletim, estou encorajando-o ao dizer: "Esta nota é realmente boa; sinto-me orgulhosa de você. Será que na próxima vez verei um A"? Note que procurei evitar o "mas"', que daria uma impressão negativa, porém de maneira alguma usei o elogio para pressionar meu filho.
O encorajamento deve ser como o amor de Deus — incondicional. Ao instilar coragem, desejamos apenas animar a criança a ser bem-sucedida sem pressioná-la a fazer mais ou melhor. Podemos desenvolver o encorajamento incondicional, focalizando as atitudes e potenciais positivos e, até mesmo, os aspectos úteis do fracasso (os quais falaremos mais tarde).
Encorajamento e reconhecimento são necessários.
Costumamos pensar no reconhecimento (elogio) e encorajamento como sendo a mesma coisa, uma vez que o elogio surte o mesmo efeito que o encorajamento. Porém, eles' são diferentes. Reconhecimento enfoca o ato; a verdadeira conquista toma lugar. Assim, o reconhecimento geralmente ocorre como resultado do sucesso. Se você consegue bons recordes de vendas em determinado mês, seu chefe o elogiará. Caso seu filho tire um A em matemática, você o elogiará.
Encorajamento, por outro lado, enfoca o esforço. Ele é aplicado durante um processo de tentativa em qualquer lugar ao longo do caminho ou da vida. Por exemplo, seu,, chefe o encoraja dizendo: "Você tem sido realmente diligente com tais chamadas — sei que elas te darão retorno". Você pode encorajar sua filha ao dizer: "Vi como você dividiu sua boneca com a Maria. Isto demonstrou quão generosa você é. Isto não faz com que você se sinta bem? Deus gosta que sejamos amigos das pessoas e compartilhemos nossa generosidade".
O encorajamento constrói sentimentos de adequação. Afirmações simples como: "Gosto da forma como você lida com isto", "Sei que você pode fazer esta tarefa" ou "Você está melhorando" podem impulsionar a confiança da criança e encorajar estes comportamentos no futuro. É, até mesmo, mais encorajador se você puder afirmar uma qualidade característica de seu filho. Se você diz: "Você está melhorando", acrescente: "Você realmente consegue perceber os detalhes". O encorajamento pode acontecer em forma de palavra, um bilhete na lancheira, ouvir e concordar ou mesmo através de um abraço especial.
Eis algumas dicas para que você possa distinguir e enfocar o encorajamento, além do elogio:
1. Identifique o que a criança fez.
2. Comente sobre a qualidade do caráter refletido (honestidade, bondade, esmero, persistência etc.)
3. Faça uma afirmação positiva, acreditando em seu futuro. ("Acredito que sua persistência contribuirá futuramente para seu sucesso".)
Assim como o encorajamento, o reconhecimento (elogio) será mais eficiente se enfocado na ação específica, enfatizando-se a qualidade interior. Quando digo: "Obrigado por me ajudar com a louça, você é realmente um trabalhador", a criança verá que estou sendo sincera em meu elogio e encorajamento ao enfocar uma característica positiva.
Rotular a criança é o oposto de afirmá-la.
A afirmação do caráter, qualidades e atitudes de nossos filhos é de vital importância. Ela se concretizará através do elogio e encorajamento.
A falta de reconhecimento pode fazer com que a criança busque continuamente o elogio usando meios para obter o sucesso mundano. Ela pode crer (baseado no que a sociedade claramente declara "bom o suficiente") que dinheiro, fama e outros símbolos do sucesso levarão finalmente seus pais a dizer: "Você fez bem. Estou orgulhoso de você. Eu te amo".
Uma dieta constante de reconhecimento (genuína e merecida), encorajamento especialmente, farão com que a criança sinta-se amada e aceite quem ela é, não apenas pelo que fez. Seu autoconceito deve fundamentar-se neste valor (quem Deus a criou para ser), ao contrário de uma supervalorização centrada nela mesma. Reforçar as boas qualidades internas de seu filho o ajudarão a apurar seu autoconceito baseado no Criador, ao invés de em suas conquistas.
Rotular seu filho é o oposto de afirmá-lo. O rótulo pode exercer um efeito profundo, mesmo quando usado de maneira inocente, sem más intenções. A criança, como qualquer um de nós, lembra-se muito mais dos comentários! negativos. Um negativo sobrepõe dez positivos. Mesmo comentário dos pais sem qualquer intenção depreciativa pode convencê-la por um período de tempo. Uma amiga minha pensou da mesma forma, pois chamava seu filho dei "nosso pequeno fedelho". Embora sendo amoroso e carinhoso, tal rótulo repetitivo poderia ser considerado verdadeiro. Ela certamente não desejava que seu filho se tornas-se um fedelho! É claro que nem toda interação entre nós e nossos filhos serão positivas e afirmativas. As crianças desobedecem e precisam ser corrigidas. Entretanto, é possível! enfocar a correção sem agir de forma negativa. Por exemplo, eu poderia dizer: "Não foi correto tirar aquele brinquedo de seu irmão. Não brincamos desta forma. Sei que você quer ser generoso, assim, da próxima vez, compartilhe o brinquedo". Mantenha a negatividade enfocada no comportamento errado, não na criança (por exemplo: "Você é egoísta"); encoraje o comportamento que gostaria de ver no futuro.
Quando a crítica se faz necessária, podemos até mesmo encorajá-los no contexto, fazendo comentários construtivos e cercando-os de palavras animadoras. Primeiro, diga ao seu filho o que ele ou ela está fazendo correto. Então, discuta o que está errado e o porquê. Façam um plano para melhorar, enfatizando os pontos que possam ajudá-lo a eliminar o comportamento errôneo.
Charles Schwab disse: "Preciso encontrar um homem, embora exaltado em sua posição, que não tenha feito um trabalho melhor, colocando muito mais esforço sob o espírito de aprovação do que sob o espírito da crítica". A Bíblia nos adverte também sobre os perigos do encorajamento.
Pais, não repreendam tanto seus filhos, a ponto de eles ficarem desanimados e desistirem de esforçar-se. (Cl 3.21, A Bíblia Viva)

Ajudando Seu Filho a Alcançar Potencial
Discutimos anteriormente nossa definição de "potencial", ajudando nossos filhos a tirar o melhor proveito de suas habilidades. Na verdade, o potencial não é uma parte do sucesso que as crianças adquirem; é um processo de vida bem-sucedida; um estilo cristão de viver. Como pais, desejamos ajudar nossos filhos a alcançar seu "potencial" acadêmico, moral e espiritual. Mas também percebemos que muitas crianças são mal-sucedidas ao fazê-lo. Como você, pai, pode ajudar seu filho a maximizar suas habilidades?
Em primeiro lugar, você precisa ajudá-lo a perceber que ele ou ela possui potencial. Nenhuma criança está destinada ao fracasso; todas têm habilidade de conquista. Cada um de nós pode ter uma vida de sucesso. Como pai, você precisará ter expectativas reais e ciência das forças e fraquezas de seu filho, a fim de guiá-lo em direção a experiências positivas sem pressionar.
Enquanto algumas crianças são naturalmente motivadas e confiantes, muitas precisam ser conduzidas às suas realizações. Crianças que não correspondem aos testes de inteligência possuem mais habilidade do que aparentam; mas com motivação própria e consciência de suas habilidades, elas obterão confiança e sucesso. Por outro lado, crianças obsessivas podem realizar coisas além de seu nível de habilidade, o que pode causar problemas, caso sua vida se torne desequilibrada (por exemplo, se forem muito "pressionadas" por suas realizações acadêmicas ou esportivas, ao ponto de negligenciarem sua vida espiritual e familiar).
A chave para os pais é conduzir seus filhos. A direção difere da pressão (uma motivação negativa) e das experiências de realização planejadas artificialmente (nas quais a criança pode sentir-se decepcionada).
O sucesso orquestrado ou o conduzir uma criança à realização significa criar um ambiente onde seu filho possa realmente bem-sucedido.
A criança adquire confiança em suas habilidades gradativamente, provando o sentimento de sucesso. A realização raramente ocorre por acaso. Os realizadores estabelecer objetivos para si próprios e possuem um plano de ação pé alcançá-los. Uma criança sem objetivos não terá iniciativa perderá a confiança em si próprio.
Alcançar um alvo, embora pequeno, proporciona oportunidade para que a criança fique satisfeita e autoconfiante o que a ajudará a alcançar seu potencial através do uso completo das habilidades que Deus lhe tem confiado.
Como pais, devemos procurar ser os melhores encorajadores possíveis ao conduzirmos nossos filhos a um realização. Como isto pode ser feito de maneira prática! Primeiro, identifique a área onde seu filho demonstra interesse. Por exemplo, talvez sua filha de dez anos esteja interessada em cozinha. Segundo, ajude a estabelecer objetivo que contribuirá para o desenvolvimento de ta| área de interesse. A meta pode ser cozinhar um almoce completo no domingo para toda a família. Assim, ajude sua filha a decidir o plano de ação — passos que precisam ser dados para alcançar seu objetivo. Lembre-se, sue função é conduzir, não agir por ela. O senso de realização apenas será obtido se ela estiver "no comando" de decisão. Um possível plano de ação é:
Passo 1: Decidir o cardápio.
Passo 2: Comprar os ingredientes.
Passo 3: Seguir as receitas cuidadosamente.
Passo 4: Servir a refeição de maneira criativa.
Ao elogiar seu filho, não enfatize apenas a atividade em si, mas as qualidades internas exibidas pela ação. Isto o ajudará a perceber seu potencial em relação aos traços característicos e não apenas em uma única experiência. Por exemplo, você pode parabenizar sua filha por ter usado a imaginação, ter sido organizada, conscienciosa, artística e criativa, prestando atenção aos detalhes. É sempre mais fácil enfocar as qualidades e comportamentos negativos de nossos filhos já que estes realmente nos atormentam. Porém, cada criança possui qualidades interiores, as quais podemos encorajar e enfatizar. Tais qualidades podem ser:


Amigável
Compreensivo
Gentil
Organizado
Amoroso
Comprometido
Honesto
Otimista
Animado
Confidente
Humorístico
Persistente
Apresentável
Corajoso
Imaginativo
Piedoso
Artístico
Cuidadoso
Instruído
Ponderado
Asseado
Encorajador
Inteligente
Positivo
Atencioso
Entusiástico
Justo
Responsável
Ativo
Escrupuloso
Leal
Sábio
Automático
Fervoroso
Obediente
Seguro
Bom ouvinte
Generoso
Objetivo
Trabalhador


Uma forma fácil de identificar quais destas características já fazem parte de seu filho é observar seu comportamento (ou lembrar-se de comportamentos passados), identificando-as em suas ações. Por exemplo, caso tenha trabalhado três horas em sua tarefa de casa, isto demonstra traços de responsabilidade e escrúpulo.
Agora que seu filho alcançou com sucesso um objetivo cm certo campo de interesse, repita sua direção, para realizações em outras áreas como: acadêmica, espiritual, vocacional, social, cívica ou física.
Imagine um cabo. Cada fio compreende muitas fibras. Permita que cada fibra represente uma qualidade interior.
Muitas fibras (qualidades interiores) fazem de nós um cesso em diferentes áreas da vida (acadêmica, espiritual social etc). Elas formam um cabo, representando uma vida completa e equilibrada que se evidenciará à medida seu filho alcance potencial em traços individuais.
Cada sucesso produz um efeito transbordante em outras áreas, uma vez que você afirme as qualidades principais criança e não somente as atividades externas. As qualidades demonstradas pelo planejamento alimentar, como atenção a detalhes ou ser organizado e consciencioso, serão tores importantes para alcançar o sucesso em outras áreas como a acadêmica.

Como as Expectativas Afetam Seu Filho
Porque, como imaginou na sua alma, assim é. (Pv 23.7)
Uma das forças mais poderosas no relacionamento humano é a expectativa. Ela pode ser poderosa ou devastadora. Pense sobre isto: você estabelece um padrão para si vida baseado em expectativas: Deus, igreja, cônjuge, filha, filhos, patrão, país, amigos e você mesmo.
Cada um de nós espera viver, crer, pensar e agir de certa forma. Estas expectativas nos conduzem em direção à conquistas. Na verdade, elas determinam muitas de nossas ações. Algumas escolhas mais importantes que fazemos estão baseadas nas expectativas dos outros. O mesmo se aplica aos nossos filhos.
Se acredito que meu filho irá me desapontar ou falhar em seu desempenho, ele provavelmente "viverá de acordo" com minhas expectativas. Por outro lado, as crianças também ultrapassarão nossas expectativas, se acreditarmos que elas possuem a habilidade de realização e se as encorajarmos ao longo do caminho.
As expectativas podem ajudar uma criança a adquirir confiança.
Seu filho será bem-sucedido nas realizações desejadas, caso acredite em sua habilidade. Você pode inspirar-lhe confiança através de expectativas positivas e elogios por suas habilidades e bons traços característicos. Seu encorajamento o ajudará a adquirir confiança.
Se você deseja educar seus filhos para alcançar grandes coisas, é preciso assegurar-lhes de que são vencedores e possuem a habilidade de realização. Permita que saibam que Deus os equipou com cada talento e habilidade que precisam para servi-lo e viver uma vida cristã bem-sucedida em cada área de suas vidas. Isso lhes dará a força necessária para alcançarem seus objetivos.
Todos nós desejamos um significado. Você pode imaginar o quanto seu conhecimento e afirmação significam para seus filhos? Eles o amam muito e desejam que tenha orgulho deles. Acho que um dos enganos mais freqüentes que cometemos como pais é não expressarmos este sentimento. Quando você sentir orgulho de seu filho, diga-lhe. Quando sua filha demonstrar uma grande qualidade de caráter, diga-lhe quão orgulhosa você se sente ao vê-la agindo de tal forma.
As crianças não precisam de lembranças constantes sobre suas inadequações ou limitações, pois já estão bem cientes das mesmas!
Expectativas estabelecem padrões morais em uma família.
Se você demonstra claras expectativas para seus filhos sobre as áreas de tentação, eles estarão mais aptos a fazer escolhas cristãs. Treine-os de acordo com as expectativas de
Deus (e suas próprias); eles permanecerão puros, dirão: , às drogas, serão honestos e viverão vidas cristãs. Se as suas expectativas forem claras nestas áreas e eles compreenderem as instruções de Deus, suas atitudes e escolhas serão influenciadas.
Para ser eficiente, a afirmação precisa ser significativa.
Acreditando que uma auto-estima saudável ajudará seu filho a ser bem-sucedido academicamente, muitas escolas, públicas americanas têm exagerado, reforçando positivamente os trabalhos abaixo da média (por exemplo, não corrigindo vocabulários ou registrando notas abaixo de C por medo de prejudicar a auto-estima da criança). Como pais bem intencionados, podemos facilmente cair na mesma armadilha.
Na verdade, esta confiança da criança é adquirida através de repetidos sucessos e realizações. Estudos comprovam este fato. Certos padrões precisam ser estabelecidos, ou os pais e professores não estarão fazendo qualquer favor aos alunos.
Ajude seu filho a adquirir confiança através do encorajamento e afirmação genuína; não através de elogio sem conteúdo. Se elogiamos cada pequeno ato inconseqüente que; eles fazem, nossa afirmação torna-se sem sentido. As crianças conhecem se nossos elogios são verdadeiros.
As expectativas precisam ser realistas.
Assim como a teoria da expectativa positiva não deve ser usada para recompensar a falha, tampouco ela deve ser, usada para "envaidecer" o ego da criança ou estabelecer expectativas irreais que resultarão em fracasso. Em Romanos 12.3 Paulo nos afirma:
Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
Para que a criança tenha sucesso aos olhos de Deus, ela precisa ser obediente e viver de acordo com a sua vontade. Como pais, podemos enfocar estas habilidades, enquanto treinamos a humildade. Possuir esta virtude não significa ter uma visão negativa de si próprio, apenas uma compreensão realista de nosso relacionamento com o Senhor.
Este versículo exprime também a idéia de que Deus tem nos dado certos talentos, habilidades e limitações. Precisamos reconhecer esta dádiva e fazer o melhor possível dentro desta realidade. Certamente, possuímos muitas limitações físicas e genéticas, bem como dons. Possuímos certas forças espirituais que precisamos dar mais atenção.
Você pode ajudar seu filho a compreender a vontade de Deus, estabelecendo objetivos reais, baseados em suas forças e fraquezas, afirmando as habilidades dadas por Deus que os possibilitam realizar o que Ele pede. Isto o ajudará a alcançar sucesso cristão.
Exemplos paternos criam poderosas expectativas.
Já discutimos a poderosa influência que seu estilo exerce sobre o desenvolvimento do seu filho. Cada um de nós cria certas expectativas familiares de diversas formas, baseado nos exemplos de nossos lares. Isto pode ser positivo ou negativo.
Por exemplo, quando você se casou, provavelmente sentiu a profundidade do impacto causado pelos hábitos e comportamentos de seus pais. O que observamos em nossos lares geralmente torna-se "normal". Enquanto crescia, fui muito feliz por ter uma mãe que ficava em casa e tinha todo o tempo para nós. Ela trazia biscoitos e leite quando chegávamos do parquinho; sentava-se conosco, brincava ou divertia-se com os jogos infantis durante horas. Ela mantinha a casa impecável, costurava a maioria de nossas roupas e sempre preparava uma refeição balanceada para jantarmos com meu pai. Tive uma super-mãe.
Meu marido, por outro lado, vem de uma família onde sua mãe trabalhava diariamente. Ela saía de casa antes de ele ir para o colégio. O marido era um exemplo maravilhoso de pai. Preparava o café da manhã e um lanche para sua esposa levar. O jantar e o serviço da casa eram tarefas separadas, e a família nem sempre fazia sua refeição em conjunto. Meu marido tinha uma família maravilhosa, porém, diferente da minha.
Nos casamos com expectativas completamente diferentes, baseadas em nossos exemplos familiares. Embora trabalhasse, eu achava que deveria ser uma super-mulher. Eu passava todas as minhas tardes de folga e fins de semana limpando a casa, cozinhando, tentando criar o que havia imaginado: um lar perfeito para meu marido. Tínhamos uma excelente comunicação, então logo descobri que ele se sentia negligenciado, pois pensava que sua esposa deveria ser livre para passar o tempo com ele, e não com a casa.
Para mim, foi muito difícil ter que abandonar minhas próprias expectativas e não achar que a casa deveria estar perfeita. Precisei perceber que as circunstâncias de minha vida não eram as mesmas que a da minha mãe; tampouco as expectativas do meu marido. Em meu casamento, tenho aceitado alguma ajuda na cozinha (Tim gosta disto), cozinhando, limpando e, até mesmo, na decoração da casa.
Um exemplo de modelo negativo de expectativa é um lar onde os pais lidam com os problemas argumentando. A criança que cresce neste ambiente acha que esta é uma forma normal e viável de lidar com a controvérsia. Isto se tornará o seu piloto automático no futuro. (Ou rejeitará este padrão de maneira dramática, criando um problema totalmente diferente, tal como uma relutância em comunicar-se ou falar sobre certos assuntos. Nenhum destes extremos é ideal, cristão ou saudável.)
Como pais, precisamos estar alertas às tênues expectativas que criamos em nossos lares, discutir com nossos filhos esta realidade, expor-lhes a outras famílias, aos seus costumes, apresentando estes comportamentos como sendo uma forma diferente de agir, e não uma "maneira errada", isto os ajudará a se ajustarem às necessidades de seu futuro cônjuge.

Trazendo-a para Casa
Aplicando os princípios de Deus: favor consultar o capítulo 2, para idéias e atividades sobre a elaboração da Noite Familiar.
Abertura: O que significa encorajar alguém? Por que este encorajamento é importante?
Escrituras: 1 Coríntios 12.14-22. (A Bíblia Viva é de fácil compreensão para as crianças).
Discussão: Quais são as funções das diversas partes do corpo humano, como o olho, a orelha, o estômago e o pé? Cada membro da família contribui para o todo de alguma forma especial? Como? Os vários membros da igreja (por exemplo, o pastor, professor, cantor, a irmã do círculo de oração) contribuem de maneira única para o corpo da igreja?
Aplicação:
1. Cada pessoa da família escreve uma qualidade específica ou habilidade através da qual o outro membro contribui em casa.
Quando a lista estiver pronta, tente pensar em uma qualidade de caráter exibida em tal atividade. Compartilhe em voz alta uns com os outros.
2. Por que é importante encorajarmos uns aos outros, a fim de sermos usados pelos talentos e habilidades dados por Deus?
3. Cada pessoa deve citar uma forma através da qual poderá encorajar cada membro da família ou amigo durante a semana.

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