8 de agosto de 2011

6- COMO TRANSFORMAR A CRISE EM TRIUNFO

(Gn 26.1-33)

A crise é uma encruzilhada, onde uns colocam os pés na estrada da vitória, e outros descem a ladeira do fracasso. A crise revela os verdadeiros heróis: uns ficam esmagados debaixo da bota dos gigantes, e outros olham por sobre os ombros dos gigantes para os horizontes largos. Na crise, uns fracassam, e outros triunfam. E no ventre da crise que surgem os grandes vencedores.
A crise é um tempo de oportunidade: uns olham para a ela como a porta da esperança, e outros a vêem como a sepultura dos sonhos. John Rockefeller disse que "o futuro não acontece simplesmente; ele é criado por homens de visão".
Os Estados Unidos estão no terceiro padrão residencial. No começo, o país era agrícola. O florescimento da industrialização e o leque dos serviços públicos levaram o país a ser predominantemente urbano. Hoje, a nação é suburbana; a maioria da população concentra-se na periferia das grandes cidades. O grande idealizador desse deslocamento das pessoas, dos centros congestionados, para os subúrbios foi William Levitt. Ele inovou o sistema de construção, criou financiamento para aquisição de casas próprias e desenvolveu um novo modelo de comunidade. Depois da Segunda Guerra Mundial, o país experimentou uma crise residencial. O número de casamentos aumentou assustadoramente com o retorno dos soldados combatentes. Houve uma explosão demográfica, e, assim, milhões de pessoas viviam inadequadamente em garagens e barracões. William Levitt, portanto, aproveitando a crise de habitação, deu corpo a seu sonho, comprando enormes lotes no subúrbio de Nova York, onde as propriedades eram baratas, e enviou suas equipes para construir casas. A idéia explodiu no país. Em pouco tempo, os Estados Unidos estavam semeados de áreas semelhantes, e a crise habitacional foi eliminada. Foi uma revolução na indústria de moradias. A crise é um tempo de semeadura.
A crise gera medo, insegurança e instabilidade. Isaque quer fugir, pois há fome em sua terra. Mas a crise é tempo de oportunidade e da intervenção sobrenatural de Deus. Vejamos, à luz desse texto, cinco princípios para transformar a crise em triunfo.
Na crise, siga a orientação de Deus, em vez de fugir (Gn 26.1-6)

Há quatro atitudes que precisamos tomar em tempos de crise:

Em primeiro lugar, na crise somos desafiados a lutar pela própria sobrevivência (Gn 26.1).

A fome assola a terra onde está Isaque. E tempo de escassez, de desemprego, de contenção drástica de despesas, de recessão. Isaque, porém, não ficou lamentando; ele saiu, se moveu. Hoje, vivemos o drama do achatamento da classe média, da falta de oportunidade e perspectiva para aqueles que não conseguem ter acesso às universidades. A batalha do emprego é maior do que a batalha do vestibular. O desemprego é um gigante. O medo do futuro apavora os pais de família.
Em segundo lugar, na crise não podemos buscar atalhos sedutores (Gn 26.2). Isaque foi tentado a descer ao Egito, lugar de fartura e riquezas fáceis. Queremos soluções rápidas, fáceis e sem dor. Mas Deus diz a ele: "Não desças ao Egito". Cuidado para não transigir com os valores de Deus na hora da crise. Cuidado para não tapar os ouvidos à voz de Deus na hora da crise. Desista das vantagens imediatas por bênçãos mais invisíveis (Gn 26.3) e remotas (Gn 26.4). Desista dos seus planos e siga o projeto de Deus, ainda que isso pareça estranho.
Em terceiro lugar, na crise precisamos tirar os olhos das circunstâncias e pô-los nas promessas de Deus (Gn 26.3-5). Deus diz a Isaque: Não fuja, fique! Floresça onde você está plantado. Não corra dos problemas; enfrente-os. Vença-os. Seu futuro está nas mãos de Deus. Não deixe a ansiedade estrangular você: Onde morar? Onde trabalhar? Onde meus filhos estudarão? Como eu pagarei meu plano de saúde? E se eu ficar doente? Saiba que Deus cuida de você. Você vale mais do que as aves do céu e as flores do campo. Deus conhece cada uma das suas necessidades. Ele é poderoso para suprir todas elas. Ele jamais desamparou o justo nem permitiu que sua descendência mendigasse o pão.
Deus acalma o coração de Isaque e lhe diz: Calma! Eu estou com você. Calma! Eu tomo conta de sua descendência. Calma! Seu futuro está nas minhas mãos, e não será destruído pelo terremoto das circunstâncias. Calma! Farei de você e da sua descendência uma benção para o mundo todo.
A causa de nossa vitória não é ausência de problemas, mas a presença de Deus nos garantindo a vitória. Moisés não se dispôs a atravessar o deserto sem a presença de Deus. Paulo perguntou: "Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Rm 8.31). Você e Deus são maioria absoluta. Com Deus a seu lado, você é mais do que vencedor.
Em quarto lugar, na crise precisamos obedecer sem racionalizações (Gn 26.6). Deus tem duas ordens para Isaque: não desças ao Egito (Gn 26. 2) e fica na terra de Gerar (Gn 26.2,6). Isaque não discute, não questiona, não racionaliza, não duvida. Isaque obedece de imediato, pacientemente. Ele aprendeu com seu pai, Abraão. Deus diz a Abraão: "Sai-te da tua terra [...] para a terra que eu te mostrarei", e Abraão saiu. Deus diz a Abraão: "Toma agora teu filho, o teu único filho; vai à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto", e Abraão foi e ofereceu seu filho. Deus diz a Abraão: "Não estendas a mão sobre o mancebo", e ele obedeceu. O caminho da obediência é o caminho da bênção. Na crise, não fuja de Deus; obedeça a Ele!
Na crise, invista em seu relacionamento familiar, em vez de mentir (Gn 26.7-11)

Quero ainda reforçar esse ponto que já discuti no capítulo anterior. Dois fatos nos chamam a atenção neste ponto:
Em primeiro lugar, os grandes homens também têm os pés de barro (Gn 26.7). Isaque mentiu para salvar sua pele e pôs sua mulher na maior de todas as encrencas. Ele demonstrou que amava mais a si mesmo do que a esposa. A Bíblia diz que o marido deve amar a esposa como Cristo amou a Igreja, entregando-se por ela. Mas Isaque estava disposto a sacrificar sua mulher para poupar-se. Ele estava preocupado com sua segurança, e não com os sentimentos de sua mulher. Ele negou o mais sagrado dos relacionamentos: a união conjugal. Ele foi covarde na hora que precisava ser mais corajoso. Isaque pôs sua mulher no balcão dos desejos e na vitrina da cobiça. Ele usou um dote físico da esposa, sua beleza, como um fator de risco para ela. A mentira contada (Gn 26.7) tornou-se mentira descoberta (Gn 26.8,9). A mentira descoberta tornou-se mentira reprovada (Gn 26.10,11).
Em segundo lugar, os grandes homens às vezes se tornam incoerentes (Gn 26.8-11). As carícias na intimidade eram uma contradição e uma negação do compromisso em público. Isaque só era marido dentro do quarto. Fora dos portões, não tinha coragem de assumir sua mulher. Isso certamente feriu o coração de Rebeca. Daí para a frente, o diálogo morreu na vida desse casal. Eles passaram a velhice na solidão. Jogaram um filho contra o outro e sofreram amargamente as conseqüências. A velhice de Isaque foi vivida com a ausência de Jacó, a revolta de Esaú e a falta de diálogo com Rebeca.
Isaque cometeu três pecados graves: mentira, egoísmo e medo. Não deixe que a crise financeira ou qualquer outro problema familiar fragilize seu relacionamento conjugai. A crise deve ser um tempo de aproximação do casal, e não de instabilidade. Hoje, 50% dos casamentos acabam em divórcio. Dez anos depois do segundo casamento, 70% terminam também em divórcio. Nos últimos seis anos, o índice de divórcio na terceira idade aumentou 51%. Sua família é seu maior patrimônio. Nenhum sucesso compensa o fracasso de sua família. Não deixe o doce ficar amargo. Invista em seu relacionamento conjugal.

Na crise, vença os prognósticos pessimistas e faça investimentos, em vez de ficar lamentando (Gn 26.12-14)

Destacamos três verdades revolucionárias nesta passagem:
Em primeiro lugar, semeie na sua terra, ainda que todos duvidem que isso será um sucesso (Gn 26.12). Muitos podiam dizer: O lugar é deserto. Aqui não chove. A terra é seca. Aqui não tem água. Não dará certo. Outros já tentaram e fracassaram. Não tem jeito, jamais sairemos dessa crise. Isaque se recusou a aceitar a decretação do fracasso em sua vida. Ele desafiou o tempo, as previsões, os prognósticos, a lógica: "Isaque semeou naquela terra". Eu conclamo você a parar de reclamar. Semeie em sua terra. Semeie em seu casamento. Semeie em seus filhos. Semeie em seu trabalho. Semeie em sua igreja. Não importa se hoje o cenário é de um deserto. Lance suas redes em nome de Jesus. Lance seu pão sobre as águas. Ande pela fé.
Davi podia pensar o mesmo diante de Golias. Durante quarenta dias, o exército de Saul correu daquele gigante, com as pernas bambas de medo. Em vez de correr do gigante, Davi correu para vencer o gigante e triunfou sobre ele. Agarre seu gigante pelo pescoço. Semeie em seu deserto. Deus faz o deerto florescer.
Juscelino Kubitschek, presidente do Brasil de 1956 a 1961, filho de um caxeiro-viajante e de uma professora pública, ficou órfão de pai aos 3 anos de idade. Foi estudar medicina em Belo Horizonte e era tão pobre que pagava a duras penas seus próprios estudos, mas não tinha dinheiro para comprar uma cadeira. Sua cadeira era um caixote de tomate. Mas esse homem venceu as dificuldades. Tornou-se um médico cirurgião, fazendo especialização na França e na Alemanha. Foi deputado federal duas vezes. Prefeito e governador de Minas, e presidente da República. Em*21 de abril de 1960, inaugurou Brasília, a capital da República, no coração do serrado.
Em segundo lugar, torne-se um especialista no que você faz não se acomode (Gn 26.18-22). Quando estamos vivendo num deserto, precisamos nos tornar especialistas em derrotar crises. Isaque começou a cavar poços. Cavou sete poços. Ele se especializou no que fazia. Ele buscava um milagre, mas estava pronto a suar a camisa. Seja como Isaque. Você quer ser aprovado no vestibular? Então estude com afinco. Você quer passar no concurso? Então estude com seriedade. Um especialista disse que é mais fácil ganhar na loteria do que passar num concurso sem estudar. Você está desempregado e quer arranjar um novo emprego? Então, saia de casa de madrugada e lute pelo seu sonho. Você quer ser uma pessoa próspera? Então, mexa-se, pare de ficar deitado de papo para o ar. Vá à luta. Especialize-se no que você faz. Isaque tornou-se doutor em cavar poços no deserto. Por isso, ele prosperou quando todo mundo estava reclamando da crise e da fome.
Charles Steinmetz era um anão deformado, mas foi uma das maiores inteligências que o mundo já viu no campo da eletricidade. Foi ele quem fabricou os primeiros geradores para a fábrica da Ford, em Michigan. Um dia, os geradores queimaram, e toda a fábrica parou. Mandaram chamar vários mecânicos e eletricistas para consertá-los, mas ninguém conseguiu que funcionassem. A empresa estava perdendo dinheiro. Então, Henry Ford mandou chamar Steinmetz. O gênio chegou ali, ficou a remexer por algumas horas, depois ligou a chave, e toda a fábrica voltou a funcionar. Alguns dias depois, Henry Ford recebeu a conta de Steinmetz no valor de 10 mil dólares. Embora fosse muito rico, Henry Ford devolveu a conta com um bilhete: "Charles, essa conta não está muito alta para um serviço de poucas horas, em que você apenas deu uma mexida naqueles motores?". Charles devolveu-a a Ford, mas, dessa vez, tinha uma explicação: "Valor da mexida nos motores, 100 dólares. Valor do conhecimento do lugar certo para mexer, 9.900 dólares. Total: 10 mil dólares". E Ford pagou a conta.
Em terceiro lugar, faça o ordinário e espere o extraordinário de Deus (Gn 26.12-14). Isaque colheu a cem por um no deserto, na seca (Gn 26.12). "E engrandeceu-se o homem; foi-se enriquecendo" (Gn 26.13). Tornou-se um próspero empresário rural (Gn 26.14). A razão? O Senhor o abençoava (Gn 26.12b). A intervenção sobrenatural de Deus não anula a ação natural do homem: Isaque experimentou o milagre de Deus na crise. Mas Isaque não prosperou na passividade. Ele cavou poços. Ele plantou. Ele investiu. Ele trabalhou. Ele foi um empreendedor. E hora de parar de falar em crise e arre¬gaçar as mangas. E hora de parar de reclamar e começar a trabalhar com afinco.
Há uma profunda relação entre a diligência humana e a bênção de Deus, entre trabalho e prosperidade (Pv 10.4; 13.4; 28.19).
Ray Kroc foi um homem de visão. Na metade da década de 1950, Kroc, que morava em Chicago, trabalhava vendendo máquinas de milk-shake para restaurantes. Durante suas viagens como vendedor, ouviu falar das unidades de milk-shake, usadas pelo restaurante dos irmãos McDonalds, no sul da Califórnia. Ray Kroc viajou até lá, observou como as pessoas chegavam continuamente, compravam lanches e saíam felizes e satisfeitas. Seu instinto de comerciante foi aguçado. Kroc conversou com os clientes e, depois, fez uma parceria com os McDonalds, que não tinham a visão de expandir seu negócio, de abrir franquias de refeições rápidas. Essa visão de Kroc foi um grande sucesso. A indústria de refeições instantâneas tornou-se uma grande força na economia dos Estados Unidos e, agora, do mundo. Hoje, os restaurantes McDonalds estão espalhados no mundo inteiro. Tom Sine em seu livro A face oculta da globalização diz que a rede McDonalds tornou a Coca-Cola a marca mais conhecida do mundo.
Na crise, proteja o seu coração da amargura, em vez de brigar pelos seus direitos (Gn 26.14D-21)

Destaco duas verdades importantes aqui:

Em primeiro lugar, esteja no controle de seus sentimentos, pois sua paz de espirito é melhor do que a riqueza. Isaque enfrentou:
1) a inveja dos filisteus (Gn 26.14);
2) a suspeita e a rejeição de Abimeleque (Gn 26.16) e
3) a contenda dos pastores de Gerar (Gn 26.20,21). As pessoas normalmente não se alegram quando você prospera. Inveja, rejeição e contenda são tensões que você precisa enfrentar. Como Isaque enfren¬tou a inveja, a rejeição e a contenda? Com paciência. Quando Abimeleque o mandou sair de sua terra, ele saiu. Quando os filisteus encheram seus poços de entulho, ele saiu e abriu ou¬tros poços. Quando os pastores de Gerar contenderam para tomar os dois poços novos, ele não discutiu, foi adiante para abrir o terceiro poço. Ele teve uma reação transcendental (Mt 5.39-42). Isaque nos ensina que é melhor sofrer o dano do que entrar numa briga buscando nossos direitos. É impossível ser verdadeiramente próspero sem exercitar o perdão. Quem guarda mágoa e passa por cima dos outros não é feliz. Quem atropela os outros e fere as pessoas não tem paz.
Em segundo lugar, quando você teme Deus, ele reconcilia com você seus inimigos (Gn 26.26-33). Abimeleque o expulsou, mas agora o procura, pede perdão e reconhece que Isaque é "o abençoado do Senhor" (Gn 26.29), e Isaque o perdoa, e eles se reconciliam. A prosperidade que não passa pela paz de espírito não é a verdadeira prosperidade. O shalom de Deus implica uma prosperidade ampla, que abrange todas as áreas os nossos relacionamentos. Precisamos ter paz com Deus e com os homens. Precisamos ter relacionamentos na vertical também na horizontal. Precisamos ter pressa em fugir de contendas e também em perdoar aqueles que nos ferem.
Na crise, busque velhas e novas possibilidades, em vez de se acomodar (Gn 26.18-22,25,32)

Chamo sua atenção para três fatos marcantes no texto:

Em primeiro lugar, Isaque reabriu os poços antigos de seu pai (Gn 26.18). Isaque aprendeu com a experiência dos mais velhos. Ele não chamou especialistas para cavar poços. Ele reabriu as fontes de vida que abasteceram seus pais. Precisamos redescobrir as fontes de vida que nossos pais beberam e que foram entu¬lhadas pela corrupção dos tempos. Precisamos cavar esses poços outra vez. Lá tem água boa. Lá tem mananciais. Precisamos voltar a reunir a família em torno da Palavra. Precisamos orar juntos. Precisamos voltar a fazer o culto doméstico. Precisamos voltar às antigas veredas, em vez de ficar flertando com as novidades do modernismo teológico. Não estamos precisando de novidades, de correr atrás de cisternas rotas. Precisamos do antigo evangelho.
Em segundo lugar, Isaque abriu novos poços, mostrando que não se contentava com as experiências do passado; ele queria mais (Gn 26.19-22,32). Isaque era um homem empreendedor. Ele queria mais. Precisamos aspirar mais do que nossos pais aspiraram. Precisamos avançar mais do que eles avançaram. Os melhores dias não ficaram para trás; estão pela frente. Nada de saudosismo. Não podemos deixar que as experiências do passado sejam o limite máximo de nossas buscas. Não podemos jogar o passado fora nem idolatrá-lo. A história é dinâmica. Devemos aprender com o passado, viver no presente, com os olhos no futuro. Precisamos subir nos ombros dos gigantes e ter a visão do farol alto. Isaque saiu da terra dos filisteus, foi para o vale de Gerar, depois para Reobote, depois para Berseba. Mas, para onde quer que vá, ele cava poços. Ele quer água no deserto. Berseba antes era um deserto, mas agora é uma cidade, porque Isaque achou água ali.
Em terceiro lugar, Isaque retirou o entulho dos filisteus para que a água pudesse jorrar (Gn 26.18). Isaque compreende uma verdade sublime: havia água nos poços. Mas ela não podia ser aproveitada. Primeiro era preciso retirar o entulho dos filisteus. Deus tem para nós fontes, rios de água viva. Nós não os recebemos, porque há entulho para ser retirado.
Antes de sermos cheios do Espírito de Deus, precisamos retirar o entulho do pecado:
1) Incoerência — vida dupla, ortodoxia morta, legalismo.
2) Impureza — fornicação, pornografia, adultério.
3) Incredulidade — secularismo, mundanismo, falta de fervor.

Concluo com duas aplicações práticas:

A primeira aplicação é que não basta ser próspero; é preciso ser também piedoso (Gn 26.24,25). Isaque misturava liturgia e trabalho. Ele levantava altares em seu trabalho. Ele levava Deus para seu trabalho e trazia seu trabalho para Deus. Tudo que você faz na vida precisa ser um ato litúrgico. Você precisa trafegar da igreja para o trabalho com a mesma devoção. Sua segunda-feira precisa ser tão cúltica quando o culto de domingo à noite. Antes de receber seu culto, Deus precisa se deleitar com sua vida. Se em seu escritório, balcão, comércio, campo, você não levanta altares a Deus, seu culto na igreja é vazio.
A segunda aplicação é que, se a crise chegou, você é um forte candidato a um extraordinário milagre de Deus. Se você está o deserto, ouça o que Deus está lhe falando pela sua bendita palavra, siga a direção de Deus e semeie em seu deserto. Se você vive num lugar seco, reabra os poços antigos. Busque s fontes da graça de Deus. Retire os entulhos. Não deixe u coração azedar. O seu deserto florescerá. Se o chão está duro, regue a semente com suas lágrimas e prepare-se para ma colheita miraculosa.

(capítulo 6 do livro QUATRO HOMENS, UM DESTINO - Hernandes Dias Lopes)

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